Presidente da Rússia promulga lei que tira o país de tratado de vigilância militar
Pacto permitia voos de vigilância desarmados sobre os países-membros

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, promulgou nesta segunda-feira (7) uma lei que formaliza a saída do país do tratado de vigilância militar Céus Abertos, um pacto que permite voos de vigilância desarmados sobre os países-membros.
A Rússia esperava que Putin e o presidente dos EUA, Joe Biden, pudessem discutir o tratado quando se reunirem neste mês em uma cúpula em Genebra, mas o governo dos EUA informou a Moscou, em maio, que não voltaria ao pacto depois que o governo Trump o deixou no ano passado.
Nesta segunda-feira (7), em um comunicado, o Kremlin informou que a decisão dos EUA de se retirar do tratado "perturbou significativamente o equilíbrio de interesses" entre os membros do pacto e obrigou a Rússia a sair. "Isso causou sérios danos à observância do tratado e sua importância na construção de confiança e transparência, (causando) uma ameaça à segurança nacional da Rússia".
Moscou esperava que Biden revertesse a decisão de seu antecessor. Mas o governo norte-americano não mudou de rumo, acusando a Rússia de violar o pacto. Moscou negou.
Autoridades russas lamentaram a decisão dos EUA de não voltar ao acordo, e a chamaram de "erro político", alertando que a medida não criaria uma atmosfera propícia para as discussões sobre controle de armas na cúpula de Genebra.