Presidente sanciona lei que restringe tatuagens na Marinha
Texto proíbe que pessoas com tatuagem na cabeça, rosto ou pescoço ingressem na Marinha

Foto: Pixabay
O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou a lei que proíbe que candidatos tatuados ingressem na Marinha. A lei foi publicada na edição do Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (5).
Segundo o texto, estão proibidas ao candidato que quiser ingressar na Marinha tatuagens na cabeça, no rosto ou na parte da frente do pescoço. A justificativa é que os sinais podem “comprometer a segurança de operações militares”.
Também estão vedadas tatuagens com alusão a ideologia terrorista ou extremista contrária às instituições democráticas, além das que incitem violência, criminalidade, ideia ou ato libidinoso, discriminação e preconceito de raça, credo, sexo ou origem e ideia ou ato ofensivo às suas liberdades.
A proposta foi aprovada no Senado em 16 de dezembro de 2021. O projeto, de autoria da Presidência da República, gerou polêmica por possível ofensa à liberdade de expressão. No entanto, no parecer que recomendou a aprovação do texto na íntegra, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) argumentou que a proposta tem respaldo em decisões anteriores da Justiça, que permite restrições a candidatos com determinados tipos de tatuagem em concursos públicos.
Sistema de Ensino Naval
A lei sancionada também inclui cursos no Sistema de Ensino Naval (SEN) e reduz a idade de ingresso em quadros da Força de 36 para 35 anos.
O texto acrescenta ao Sistema de Ensino Naval cursos para praças, de graduação, de qualificação técnica especial e de aperfeiçoamento avançado; reduz de 36 para 35 anos o limite de idade para ingresso no Corpo de Saúde, no Corpo de Engenheiros e no quadro técnico do Corpo Auxiliar da Marinha; e prevê que os cursos e estágios a distância serão equivalentes aos presenciais.