Prévia da inflação desacelera pela segunda vez consecutiva na RMS

Alimentos como a cebola, a batata-inglesa e o tomate tiveram forte recuo

[Prévia da inflação desacelera pela segunda vez consecutiva na RMS]

FOTO: O tomate teve a primeira deflação após três meses de grandes altas / Agência Brasil

A prévia da inflação na Região Metropolitana de Salvador (RMS) desacelerou pela segunda vez consecutiva neste mês de junho e marcou 0,03%. O indicador representa o menor aumento dentre as 11 áreas pesquisadas no país como um todo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O porcentual também está abaixo do índice nacional (0,06%).

Esse indicador foi também a menor prévia da inflação para um mês de junho desde o início da série regional do Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) em 2012 e o menor índice registrado neste ano na RMS.

Dentre os itens que puxaram a desaceleração do IPCA-15 em junho estão os alimentos, que registraram queda (-0,69%). Este grupo teve variação negativa também no país como um todo (-0,62%) e em quase todas as áreas pesquisadas – subiu apenas na região metropolitana de Fortaleza (0,09%).

A retração dos alimentos foi puxada pela alimentação em casa (-1,19%), com fortes recuos nos preços médios de produtos como a cebola (-11,13%), a batata-inglesa (-22,85%) e o tomate (-16,28%). Este último teve a primeira deflação após três meses de grandes altas e exerceu a principal influência individual no sentido de conter a prévia da inflação.

Altas

As principais pressões de alta foram os grupos de Habitação (0,56%) e Vestuário (0,99%). Em Habitação, a energia elétrica residencial (1,38%) teve a maior contribuição seguida pelo gás de botijão (1,62%). No vestuário, os aumentos nas roupas femininas (1,96%) e infantis (1,88%) foram as principais pressões, mas as roupas masculinas também tiveram variação positiva (0,73%).

As passagens aéreas tiveram o maior aumento dentre todos os produtos e serviços que compõem o índice (25,64%) e foram a principal pressão inflacionária no IPCA-15 de junho na RMS. Ao lado dos ônibus intermunicipais (2,07%), as passagens aéreas foram as principais responsáveis pela alta do grupo Transportes (0,22%).

O IPCA-15 acumulou alta de 2,62% no primeiro semestre de 2019, ainda acima da média nacional (2,33%). Nos 12 meses encerrados em junho alcançou 3,43%, menor que o índice para o país como um todo (3,84%). 

Brasil

O IPCA-15 de junho mais elevado foi registrado em Brasília (0,30%) e nas regiões metropolitanas de Fortaleza (0,28%) e São Paulo (0,16%). Cinco áreas pesquisadas tiveram deflação, sendo que as maiores variações negativas foram nas regiões metropolitanas de Porto Alegre (-0,21%) e Belém (-0,11%). 

Em relação ao acumulado em 12 meses de 3,43% na RMS, é o terceiro menor acumulado em 12 meses dentre as áreas investigadas, acima apenas de Brasília (3,29%) e da região metropolitana de Curitiba (3,26%). 

Segundo o IBGE, os preços para o cálculo do IPCA-15 de junho foram coletados de 16 de maio a 12 de junho e comparados com aqueles vigentes de 13 de abril a 15 de maio.


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