Professor e influenciador Jones Manoel é alvo de novas ameaças de criminosos: "Debocham da Polícia Federal, debocham da denúncia que eu fiz"
Segundo Jones, o grupo exigiu o pagamento de um Pix no valor de R$ 250 mil

Foto: Reprodução/Spectrum
O professor de história e influenciador, Jones Manoel, afirmou ter recebido novas ameaças de morte e ataques racistas de um grupo neonazista internacional. A organização, que já havia ameaçado Jones em agosto deste ano, encaminhou ao ativista um novo e-mail no último dia 18 de outubro, desta vez por meio de um endereço institucional de uma funcionária do governo da Paraíba.
Na mensagem, os criminosos exigem o pagamento de um Pix no valor de R$ 250 mil, além de ameaçar seus familiares. O grupo afirma que essa seria uma "segunda chance para livrar sua vida" e orienta Jones a não procurar a polícia para que o caso não se torne público.
À CNN, Jones afirmou que os criminosos "debocham da Polícia Federal, debocham da denúncia que eu fiz pública, falam mal do Brasil e do Estado brasileiro. Dizem que são blindados a qualquer investigação, porque têm muitas conexões e influências. Falam que estão me dando uma ‘segunda chance’, pedem que, desta vez, eu não faça nenhuma denúncia pública nem campanha de solidariedade, porque, segundo eles, a qualquer momento uma moto chegaria à minha casa para me matar".
A organização encaminhou três chaves Pix, alegando que as contas seriam de pessoas usadas como "laranjas". Segundo o influenciador, apesar das denúncias, as autoridades federais e estaduais ainda não deram um retorno sobre o caso.
"Até agora, as autoridades não estão agindo. Tirando o acompanhamento do Ministério dos Direitos Humanos e do Conselho Nacional de Direitos Humanos, que estão dando assistência e acompanhando o caso", afirmou Jones.
"O Ministério Público Federal, numa decisão absurda e injustificável, afirmou que a competência seria do MP de Rondônia, porque a primeira ameaça veio no e-mail institucional da Prefeitura de Porto Velho. E aí, o MP Federal ignorou o conteúdo nazista, tratando a questão apenas como racismo e extorsão. Então, não fez nada", complementou.
Ainda segundo o professor, tanto o Governo de Pernambuco quanto a Secretaria de Defesa Social (SDS) não se manifestaram sobre o caso. "O governo do estado de Pernambuco, por meio da SDS (Secretaria de Defesa Social), que é equivalente à Secretaria de Segurança, também não tomou nenhuma providência", disse Jones.
À CNN, a Polícia Federal em Pernambuco informou que não irá se manifestar sobre os relatos de Jones. Já a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) foi procurada e ainda não respondeu.