Quase 60 trabalhadores são resgatados em situação análoga à escravidão na Bahia
Pelo menos 30 piauienses, 15 baianos e 12 cearenses viviam em alojamentos inadequados

Foto: Divulgação
Cinquenta e sete trabalhadores foram resgatados de condições análogas à escravidão em duas propriedades rurais da Bahia, a primeira na cidade de Gentio do Ouro, e a outra em Várzea Nova. As fiscalizações foram coordenadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Do total de trabalhadores resgatados, 30 são piauienses, 12 cearenses e 15 baianos. Todos estavam empregados de forma irregular na extração de palha e pó de carnaúba.
De acordo com o procurador do Trabalho Edno Moura, coordenador regional de combate ao trabalho escravo do MPT-PI, os trabalhadores viviam em alojamentos com espaços superlotados, sem instalações sanitárias.
"Os trabalhadores se alimentavam sentados em tocos de madeira e precisavam preparar a comida em fogareiros improvisados. Uma situação degradante", relatou o procurador.
Ainda segundo ele, o empregador realizou parte do pagamento das verbas rescisórias, mas se recusou a pagar as dos piauienses. “Parte dos 57 trabalhadores resgatados já recebeu as verbas rescisórias, mas, no caso dos piauienses, o empregador se negou a pagar os direitos. Por isso, o MPT ingressará com as ações cabíveis para cobrar o pagamento das verbas rescisórias, além de indenizações por danos morais, individuais e coletivos”, afirmou o procurador.