Quase três meses após massacre, Força-Tarefa deixa presídios de Manaus
A saída deles seria, a princípio, no dia 28 de agosto, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública

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A tropa de agentes da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária deixou o sistema estadual nesta sexta-feira (23), quase três meses após desembarcar em Manaus para conter a crise carcerária que o estado enfrentava após a morte de 55 detentos dentro de presídios na capital, de acordo com o Governo do Amazonas.
Formada por agentes federais de execução penal e por agentes penitenciários de todo o país, a FTIP atua em atividades de guarda, vigilância e custódia dos presos em situação de emergência. Em Manaus atuaram cerca de 100 agentes.
A saída deles seria, a princípio, no dia 28 de agosto, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas (Seap), eles atuaram até esta sexta-feira (23). Uma renovação do prazo não estava prevista na portaria publicada no "Diário Oficial da União" do dia 29 de maio.
No entanto, o Governo Estadual chegou a cogitar um pedido de renovar o apoio. A ideia foi descartada após uma reunião do governador Wilson Lima com o titular da Seap.
Durante os quase três meses de atuação, a FTIP ficou concentrada dentro do Instituto Penal Antônio Jobim (Ipat). Foi neste presídio em que 25 - dos 55 - presos foram mortos, no dia 27 de maio deste ano. Com o maior número de mortes e em clima de tensão, foi opcional o plano operacional de manter todas as atenções da força à unidade.


