Queiroga descarta que caso suspeito no Pará seja poliomielite
Em entrevista, ministro reforçou necessidade de imunizar crianças de até cinco anos

Foto: Agência Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, descartou nesta sexta-feira (7), em entrevista à CNN, que o caso suspeito registrado no Pará seja poliomielite. Segundo ele, pode ter havido um evento adverso à vacina oral, ou seja, qualquer ocorrência médica indesejada e que não possui relação causal com a imunização. Na ocasião, Queiroga reforçou a necessidade de imunizar crianças de até cinco anos contra a doença.
O caso suspeito é o de um menino de três anos que não estava completamente vacinado contra a doença e que apresentou paralisia flácida aguda. “Ontem surgiu um rumor de um caso no Pará, mas não foi confirmado. A criança tinha esquema vacinal primário incompleto. Muito provavelmente houve um evento adverso à vacina oral”, disse o ministro.
“Este caso do Pará, pelo que eu sei, já foi descartado. Não é pólio. Nas fezes [da criança] tem lá um vírus vacinal, é da vacina. Não é pólio. Felizmente, mas pode acontecer, senão a gente não estava toda hora falando sobre isso [campanha de vacinação]”, completou.
A meta da campanha nacional de vacinação do Ministério da Saúde contra a poliomielite é atingir pelo menos 95% da população infantil menor de cinco anos. Até o momento, no entanto, 62,50% das crianças foram imunizadas. A doença foi erradicada no país em 1994, mas a baixa adesão à vacina nos últimos anos preocupa a pasta.