Redução de impostos sobre importação de brinquedos pode ser revista
O anuncio foi feito pelo presidente Jair Bolsonaro durante uma live

Foto: Reprodução
O presidente Jair Bolsonaro anunciou durante uma live, em uma de suas redes sociais, na semana passada, que a redução da sobretaxa da importação de brinquedos corre o risco de voltar para o início do tabuleiro faltando poucas casas para cruzar a linha de chegada.
Ontem (13) a Camex, Câmara de Comércio Exterior, convocou uma reunião extraordinária para tratar do tema após a Abrinq, Associação Brasileira da Indústria de Brinquedos protocolar um documento sigiloso há uma semana, um dia após a redução da alíquota.
A votação será online por causa da pandemia do coronavírus e deve permanecer aberta até esta segunda-feira (16). A Camex eliminou sobretaxa de 15% na importação, o que reduziu a tarifa de 35% para 20%. A mudança entraria em vigor no próximo dia 1º de dezembro.
Grandes empresas do setor que importam brinquedos no Brasil, como as americanas Hasbro e Mattel, além da Arcos Dorados, dona do McDonald’s, já se movimentavam junto ao Ministério da Economia para a revisão dos 35%.
Segundo um estudo do Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, a redução tarifária aumentaria o emprego no setor de distribuição, com consequente aumento da renda dos trabalhadores.
Ainda segundo a pesquisa, a queda da produção doméstica ficaria entre 1% e 3%, e o consumidor final seria beneficiado com redução média nos preços de 5,1% a 5,7% e aumento na oferta de brinquedos, de 6,9% a 7,7%.
No Brasil, segundo a Abrinq, a indústria de brinquedos gera 34 mil empregos diretos e indiretos. No ano passado, as vendas movimentaram R$ 7,2 bilhões.