Reforma política prevê apenas 15% das vagas do legislativo para as mulheres

A existência de uma lei que reservasse para as mulheres participação mínima entre os parlamentares eleitos para Câmara dos Deputados, câmaras de vereadores e assembleias legislativas pode significar um avanço para o país. A alteração proposta pela reforma política em discussão no Congresso, deveria aumentar a representação feminina.

Segundo afirmam especialistas em gênero e política, a proposta, que é de 15%, deve continuar com a porcentagem no mesmo patamar, que, no geral, já atinge esse índice. De acordo com a pesquisadora e professora da Escola de Direito do Rio de Janeiro, da FGV (Fundação Getúlio Vargas) Ligia Fabris, haverá uma queda em números absolutos, já que em diversos lugares esse percentual é hoje maior. 

"Principalmente nas cidades que têm a partir de 1,5 milhão de habitantes, a porcentagem de eleitas já é maior do que essa", afirma Fabris.

Segundo ela, a mudança também fará partidos investirem menos em candidaturas femininas. Hoje, eles são obrigados a ter 30% de suas candidaturas com mulheres e investirem verba proporcional a esse índice. Com a mudança, eles podem conseguir fazer esse número cair para 15%, para se adequar à possível nova regra.