Regulador sanitário vai avaliar vacina Oxford a pedido do governo britânico
Desenvolvedores da vacina receberam críticas por falta de transparência na divulgação dos resultados dos testes

Foto: Banco de Imagem/ GOV
As vacinas contra covid-19 desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, podem ser examinadas pela MHRA, Autoridade de Regulamentação Sanitária de Medicamentos, à pedido do governo britânico. Em comunicado, o ministro da Saúde, Matt Hancock, solicitou que fosse verificado se a vacina atende as normas de segurança. "Pedimos oficialmente ao regulador sanitário para avaliar a vacina Oxford/AstraZeneca e determinar se atende a normas de segurança rigorosas".
Caso ela seja aprovada, o ministro disse que será uma "etapa importante rumo à produção de uma vacina o mais rapidamente possível". A MHRA já iniciou uma revisão contínua para determinar se a vacina de Oxford atende seus rígidos padrões de segurança, eficácia e qualidade.
De acordo com o governo do Reino Unido, não há razão para ninguém se preocupar com os dados dos estudos clínicos da vacina e que qualquer dúvida sobre a segurança e eficácia do imunizante será esclarecida com a avaliação independente da agência reguladora.
A vacina batizada de ChAdOx1 já tem previsão de distribuição no Brasil: entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021. Serão investidos pelo governo federal R$ 1,9 bilhão para produção de 100 milhões de doses.
Na última segunda-feira (23), os desenvolvedores da vacina anunciaram que, segundo os resultados dos testes clínicos realizados no Reino Unido e no Brasil, a combinação da meia dose com uma dose completa acabou tendo uma eficácia maior na proteção contra a doença, de 90%. Em contrapartida, a eficácia nos participantes que receberam as duas doses completas foi menor, de 62%.
Ontem (26), o diretor da farmacêutica AstraZeneca afirmou que a vacina deve passar por um "estudo adicional" para reavaliar a eficácia de aplicar uma meia dose combinada com uma dose inteira da imunização.