Reino Unido: suspensão do Parlamento gera protestos
Uma petição contra a suspensão do Parlamento reuniu mais de 1 milhão de assinaturas em menos de um dia

Foto: Reuters/Dylan Martinez/Direitos Reservados
Nesta quarta-feira (28), uma onda de protestos tomou conta de diversas cidades do Reino Unido, após a decisão do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, de forçar a suspensão das atividades do Parlamento britânico.
Tal medida, que deverá valer por cinco semanas a partir de 10 de setembro, é vista como uma tentativa de bloquear os esforços dos parlamentares contrários ao Brexit.
Por conta disso, milhares de pessoas saíram às ruas para condenar a atitude de Johnson, considerada por muitos uma ameaça à democracia no país. Manifestações ocorreram em Londres, Edimburgo, Cardiff, Manchester, Bristol, Cambridge e Durham. A maior delas foi realizada em frente à sede do Parlamento, na capital britânica.
Além disso, uma petição contra a suspensão do Parlamento reuniu mais de 1 milhão de assinaturas em menos de um dia.
Opositores chegaram a denunciar a manobra de Johnson como uma tentativa de golpe ou até uma "declaração de guerra". O líder da oposição, Jeremy Corbyn, definiu a medida como um assalto à democracia e reforçou a possibilidade de convocar uma moção de desconfiança que poderia resultar na deposição de Johnson pelo Parlamento, onde o premiê possui uma frágil maioria de apenas uma cadeira a mais do que a oposição.
A suspensão do Parlamento foi autorizada pela rainha Elizabeth 2ª, que desempenha a função de chefe de Estado.