Um relatório divulgado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) destacou que pessoas de faixas etárias mais elevadas e com menor poder aquisitivo estão mais suscetíveis à cegueira ou baixa visão no Brasil. As principais causas dessas condições são a catarata, erros refrativos não corrigidos, glaucoma e degeneração macular relacionada à idade.

O estudo aponta que a pobreza, juntamente com o envelhecimento da população, contribui para a perpetuação de problemas de saúde, incluindo a saúde ocular. Estima-se que o país tenha 1,5 milhão de pessoas cegas, sendo a maioria delas em grupos economicamente vulneráveis.  

Além disso, o relatório ressalta a importância de políticas públicas específicas, conhecimento sobre a incidência e prevalência de problemas oculares, disponibilidade de médicos oftalmologistas, ampliação do acesso a serviços oftalmológicos e monitoramento dos procedimentos realizados. Essas estratégias podem contribuir para a prevenção da deficiência visual e garantir o acesso igualitário a serviços oftalmológicos de qualidade no país.

A cegueira evitável e não tratada tem um impacto econômico significativo, envolvendo custos diretos relacionados ao tratamento das doenças oculares e custos indiretos relacionados à perda de ganhos e às despesas relacionadas à deficiência visual.

O relatório destaca a importância de traçar estratégias precisas para combater a deficiência visual por meio do conhecimento real sobre a saúde ocular e do desenvolvimento de políticas públicas eficazes.