Relatório do Fórum Econômico Mundial mostra que perspectiva para recuperação global é sombria

Dados do relatório anual de riscos do Fórum Econômico Mundial, divulgados na terça-feira (11), mostram que apenas um em cada dez membros consultados espera que a recuperação global acelere nos próximos três anos. Além disso, a minoria se mostra otimista sobre a perspectiva do mundo. O levantamento, publicado todos os anos antes da reunião anual do Fórum, em Davos, foi feito com quase mil líderes empresariais, governamentais e acadêmicos.

A mudança climática, segundo o relatório, foi vista como o perigo número um pelos entrevistados. Enquanto a erosão da coesão social, crises de subsistência e a deterioração da saúde mental foram identificadas como os riscos que mais aumentaram desde o início da pandemia.

“Os líderes globais devem se unir e adotar uma abordagem coordenada de múltiplas partes interessadas para enfrentar desafios globais implacáveis e construir resiliência antes da próxima crise”, disse Saadia Zahidi, diretora-gerente do Fórum.

O clima extremo foi considerado o maior risco para o mundo. “A falha em agir sobre as mudanças climáticas pode reduzir o PIB global em um sexto e os compromissos assumidos na COP26 ainda não são suficientes para atingir a meta de (limitar o aquecimento global a) 1,5 (graus Celsius)”, disse Peter Giger, chefe do grupo de risco da Zurich Insurance, que ajudou a compilar o relatório.