Renault adia retorno às atividades por falta de peças no Paraná

Produção está prejudicada em todas as linhas da marca no país

A Renault informou que manterá a fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná, com atividades suspensas até o dia 3 de setembro por causa da falta de semicondutores. No complexo industrial são produzidos os modelos Captur, Duster, Kwid, Logan, Sandero e Stepway. Além da marca francesa, outras montadoras têm sofrido por causa da falta de componentes eletrônicos que tem afetado todo o mundo.

A crise mundial por falta de semicondutores teve início com a pandemia de COVID-19, pois a cadeia global de produção de componentes e chips eletrônicos mudou de estratégia para atender o forte crescimento das vendas de eletrônicos no mundo neste período. Desta forma, o setor automotivo, que esperava uma grave crise de demanda com os lockdowns que afetaram todos os países, suspendeu encomendas destes equipamentos geralmente de origem asiática.

No entanto, com crescimento das vendas de veículos as fábricas de componentes eletrônicos não conseguiram dar conta da demanda do segmento automotivo. Por isso, os componentes demoram a chegar às fabricantes de automóveis, o que tem comprometido a produção de carros.

Conforme a consultoria norte-americana Auto Forecast Solutions – AFS, esse problema afetou oito montadoras e 14 fábricas no país. Desta maneira, mais 220 mil carros não serão produzidos por aqui. Sem os microchips, os sistemas de segurança, das centrais de entretenimento, entre outros equipamentos não funcionam plenamente.

No Brasil, o mercado não se recupera no nível pré-pandemia justamente por falta de peças que afeta montadoras de maneiras variadas. Atualmente a Volkswagen reportou problemas na linha do Gol e Voyage, a Fiat teve dificuldades na linha do Argo e da Strada, a Hyundai com o HB20 e a GM parou a produção do Onix por cinco meses.


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