Renault Zoe E-tech: testamos o elétrico que agora tem 380km de autonomia

Compacto tem desempenho interessante e ficou mais equipado: duro é carregá-lo fora de casa

Lançamentos não faltam. Apesar do preço alto os carros elétricos são lançados e prometem um futuro que ainda depende de muitos fatores como ponto de carga e disponibilidade de energia. Assim, a Renault lançou a evolução do Zoe, chamada agora E-tech, com motor potente e autonomia ampliada que o Farol da Bahia testou.
 
O Zoe que tinha só 92cv agora conta com 135cv e 25kgfm de torque, teve autonomia ampliada para até 385km graças ao novo kit de baterias “Z.E 50” de 52 kWh, e tem tempo de recarga reduzido o que resulta em até 150km de autonomia com 30 minutos de abastecimento. O compacto é ofertado nas versões Zen e Intense, vendidas a R$ 204.990 e R$ 219.990. 

A versão avaliada neste primeiro contato foi a Intense. Ela conta com todas as melhorias mecânicas do Zoe e acrescenta sensores dianteiros, monitor de ponto cego, câmera de ré e assistente de frenagem de emergência, além de novas rodas. 

Por fora o Zoe traz novo conjunto ótico e grade que lhe rendem um estilo mais agressivo embora mantenha sua essência. No interior foi onde o Zoe mais evoluiu com novos materiais e revestimento com itens reciclados (de garrafa pet e cintos de segurança) mesclando ainda um tecido semelhante ao jeans, filetes metálicos e plásticos de boa qualidade como no tabelier do painel em espuma de acabamento suave ao toque e de bom gosto. Os bancos são altos feitos com espaldar único e bons ajustes. 

Porém, na parte traseira, a posição das baterias elevou o assento e o espaço não é dos melhores mesmo com 2,59m de entre-eixos. Um passageiro com 1,78m de altura por exemplo já encosta a cabeça no teto e graças aos bancos maiores tem visão reduzida do pára-brisa. O porta malas é bom com 383 litros e o comprimento total é de 4,08m, apenas 1cm a mais que o Renault Sandero. 

O Zoe E-Tech Intense traz itens como controle de tração e estabilidade, quatro airbags, ar-condicionado digital, chave presencial (formato de cartão) com partida por botão, volante com ajuste de altura e profundidade, computador de bordo e cluster de 10 polegadas, central multimídia com tela de 7 polegadas e sistema Apple CarPlay e Android Auto com fio. 
 

Realidade nas ruas?

A evolução é notável, inclusive no desempenho. O Zoe ficou mais atrativo e equipado. O ponto negativo do carro é o preço é o fato de termos, na capital, somente 3 pontos de recarga para utilizarmos o Zoe. Hoje esses pontos estão no Salvador Shopping, CEO Salvador Shopping e o posto da Be Green na Avenida Tiradentes. A solução para ter um carro elétrico em Salvador é instalar um wallbox próprio na garagem de casa e esquecer os poucos pontos disponíveis hoje nas ruas.

Mesmo com evoluções importantes o valor de R$ 219,9 mil é alto para os padrões brasileiros. Mas vale lembrar que na Europa ele custa em média 32 mil euros, cerca de R$ 200 mil em conversão direta. A questão é que a renda média de um francês, por exemplo, é de 2,8 mil euros por mês, cerca de R$ 17,6 mil, dez vezes maior que a renda média de um brasileiro. 

 

 


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