Países africanos acusam Reino Unido de promover 'apartheid de viagens'
Além da Nigéria, integram 'lista vermelha' nações como Angola, Botswana, Eswatini, Lesotho e Malawi

Foto: Reprodução/Getty Images
As restrições de viagem impostas pelo Reino Unido ao país africano foi caracterizado como "apartheid de viagens" pelo alto comissário da Nigéria no país, Sarafa Tunji Isola. O Reino Unido colocou a Nigéria na sua lista vermelha depois que o país detectou os primeiros casos da nova variante Ômicron.
Conforme a lista vermelha, só podem entrar no Reino Unido e na Irlanda, pessoas vindas da Nigéria que sejam residentes nos dois países. Os viajantes ainda devem fazer uma quarentena obrigatória de 10 dias quando chegarem ao Reino Unido.
“A proibição de viagens é um apartheid no sentido de que não estamos lidando com uma endemia […]. Estamos lidando com uma pandemia. Sempre que temos um desafio, deve haver colaboração", disse Sarafa à CNN.
Segundo o comissário, a expressão "apartheid de viagens" é uma "linguagem muito infeliz" e que as medidas adotadas são parte de uma estratégia para ganhar tempo “para que nossos cientistas possam trabalhar no vírus e avaliar o quão difícil será”.
Além da Nigéria, também integram à lista vermelha: Angola, Botswana, Eswatini, Lesotho, Malawi, Moçambique, Namíbia, África do Sul, Zâmbia e Zimbábue.