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Retorno escalonado das atividades econômicas em Salvador divide opiniões dentro do setor

Fercomércio-BA acha que a prefeitura tem razão, mas o Sindilojas discorda

Por Ane Catarine Lima
Ás

Retorno escalonado das atividades econômicas em Salvador divide opiniões dentro do setor

Foto: Agência Brasil

Após o retorno escalonado das atividades econômicas em Salvador na última segunda-feira (5), representantes do setor dividem opiniões sobre o modelo adotado pela prefeitura. De acordo com o prefeito da capital baiana, Bruno Reis, os segmentos devem seguir um escalonamento nas fases de reabertura que funcionam no primeiro momento em horários reduzidos com o objetivo de evitar aglomerações e, dessa forma, conter a disseminação da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. 

Em entrevista ao Farol da Bahia nesta quarta-feira (7), o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fercomércio-BA), Carlos de Souza Andrade, disse que o modelo adotado pela prefeitura é compreensível e que é melhor dessa forma do que manter o comércio fechado.  

“A prefeitura tem razão. É melhor a gente fazer a reabertura escalonada e garantir o funcionamento do comércio, do que somente abrir e depois ter que fechar. Nós entendemos que essa proposta do escalonamento da prefeitura de Salvador foi muito bem aceita por muitos empresários, mas realmente tem setores que são mais prejudicados como, por exemplo, o pessoal de bar e restaurante. Nós estamos vivendo em um momento de guerra e quando estamos em guerra alguém sai ferido e,de modo geral, o comércio foi prejudicado economicamente pela pandemia”, disse.

Ele disse ainda que, no momento atual, a coisa mais importante para ser preservada é a vida. Segundo ele, representantes do setor vem mantendo um diálogo promissor com a prefeitura e com o governo do estado. “Nós tivemos um diálogo muito bom com a prefeitura de Salvador e com o governo do estado. Há um entendimento de ambas as partes sobre a situação atual que estamos vivendo. Entendemos que o comércio está cumprindo os protocolos, usando máscara, álcool em gel, medindo a temperatura… Isso tudo tem nos ajudado”, afirmou.

“Nós estamos otimistas porque nós já aprendemos com a primeira onda da pandemia, quando o comércio ficou mais de um mês fechado. Hoje nós trabalhamos juntos e conscientes de que as coisas mais importantes são a vida, o emprego e as empresas. Nós estamos otimistas e entendemos que se nós cumprirmos e fizermos a nossa parte, vamos superar essa guerra”, completou.  

Já o presidente do Sindicato dos Lojistas do Estado da Bahia (Sindilojas), Paulo Mota, acha que o modelo adotado pela prefeitura é prejudicial aos empresários do setor, principalmente, em relação aos shoppings da cidade. Na última terça-feira (6), os shoppings e centros comerciais de Salvador voltaram a funcionar. De acordo com o plano da prefeitura para retomada das atividades econômicas na cidade, os shoppings centers, centros comerciais e semelhantes podem funcionar de terça a sábado, das 10h às 19h nos dias de semana e em horário livre no sábado.

Ao Farol da Bahia, Paulo Mota disse que os shoppings da capital baiana devem funcionar no horário normal. Segundo ele, os shoppings têm um custo muito alto de operação para o próprio lojista. “A diminuição da carga horária de funcionamento gera uma maior concentração de consumidores nesse tempo e tira o hábito do consumidor de comprar em outros horários. A relação do Sindicato dos Lojistas com a prefeitura de Salvador é reivindicação e de postulação da representação que exerce”, disse.

Ele disse ainda que a reabertura tem que ser realizada com sustentabilidade para que não ocorra uma outra interrupção das atividades comerciais. “Nós só podemos ter a segurança de planejar os nossos negócios quando o funcionamento estiver definido. É importante a volta do comércio, mas tem que ser restaurada todas as condições do funcionamento, principalmente, em relação aos comércios de rua e aos shoppings”, disse.

“Nós só podemos trazer uma situação mais definida quando primeiro for encerrada a 'história' de escalonamento quanto ao funcionamento. Nós entendemos que o funcionamento normal garante que o consumidor frequente a área comercial que deseja nos horários que já estão habituados e isso vai incentivar a diminuição de aglomeração”, concluiu. 

Veja as atividades que podem funcionar sem restrições de horários:

-Serviços de saúde: unidades de saúde públicas e Unidades de Pronto Atendimento (UPA);
-Consultórios, clínicas particulares e odontológicos;
-Supermercados, panificadoras, delicatessens, açougues e conveniências;
-Farmácias e drogarias;
-Agências bancárias e lotéricas;
-Laboratórios de análises clínicas;
-Postos de combustíveis;
-Call centers;
-Oficinas mecânicas e borracharias;
-Cemitérios e serviços funerários;
-Hotéis, pousadas e demais estabelecimentos de alojamento;
-Academias de ginásticas e similares;
-Cursos livres.

Atividades que podem funcionar de segunda a sexta:

-Construção civil - 7h às 16h;
-Clínicas de estética - 7h às 15h;
-Indústria - 7h às 15h;
-Funcionalismo público não essencial - 7h às 16h (sugestão para que sigam em home office);
-Escritórios administrativos (contabilidades, consultorias e similares) - 10h às 17h;
-Escritórios de advocacia - 10h às 17h;
-Autoescolas - 10h às 19h.

Veja as atividades que podem funcionar de terça a sábado:

-Comércio de rua - 10h às 18h (Aos sábados está permitido o funcionamento em horário livre);
-Shoppings centers, centros comerciais e semelhantes - 10h às 19h (Aos sábados está permitido o funcionamento em horário livre);
-Barbearias, salões de beleza e similares - 10h às 18h (Aos sábados está permitido o funcionamento em horário livre).

Atividades que podem funcionar de quarta a domingo:

-Restaurantes e bares - 11h às 20h (Estabelecimentos que ficam nos shoppings podem obedecer horários do segmento se tiverem entrada exclusiva);
-Lanchonetes - 7h às 15h.

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