Revista escolhe vacina contra a Covid-19 como feito científico de 2020

Publicação destaca o massivo empenho financeiro e realização dos testes nos países mais afetados

Por Da Redação
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Revista escolhe vacina contra a Covid-19 como feito científico de 2020

Foto: Reprodução/Agência Brasil

A covid-19 pode ser considerada a grande protagonista de 2020. O vírus espalhou-se com extrema rapidez pelo mundo e forçou as pessoas a ficarem reclusas em casa, temendo serem acometidas por uma doença que, até então, não tinha tratamento. Essa situação complexa exigiu que cientistas corressem contra o tempo para frear o coronavírus. E, em questão de meses, eles conseguiram desenvolver a melhor alternativa de contenção: as vacinas. Essa façanha foi eleita a descoberta do ano pela revista americana Science.  

O periódico mais reconhecido na área científica destaca a velocidade em que os imunizantes foram criados, graças a investimento financeiro massivo e uso de novas tecnologias. Também ressalta a desinformação como um dos maiores problemas enfrentados durante a pandemia. “O grupo usava uma tecnologia antiga e, segundo alguns, antiquada — o vírus inteiro e inativado —, mas com fortes provas. Seguiu-se uma enxurrada de outros sucessos em testes feitos com primatas não humanos”, relata Jon Cohen, repórter da Science e autor do artigo que elege as vacinas contra covid-19 como descoberta do ano. 

Para o periódico americano, outro mês marcante foi julho, quando empresas e universidades anunciaram a realização de testes em um número grande de voluntários de países mais atingidos pela pandemia, incluindo o Brasil. “Nunca antes os pesquisadores desenvolveram tão rapidamente tantas vacinas experimentais contra o mesmo inimigo. Nunca antes tantos concorrentes colaboraram de forma tão aberta e frequente. Nunca antes tantos candidatos avançaram para ensaios de eficácia em grande escala”, ressalta Cohen.

Na busca por um imunizante para a covid-19, a Science também destaca o uso de tecnologias totalmente novas, como a de RNA mensageiro. Nessa técnica, cientistas criam uma parte genética do vírus em laboratório para ser usada no imunizante. É essa pequena partícula a responsável por provocar a produção de anticorpos protetores no organismo humano. As empresas americanas Moderna e Pfizer foram as que apostaram nessa abordagem. Também foram as primeiras a apresentar os resultados da fase final de testes clínicos, com dados mais positivos do que o esperado.

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