Ricardo Salles diz que a conferência sobre acordo climático “não deu em nada”
Durante a COP25 foram discutidas criações de regras para o comércio de crédito de carbono

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Nos últimos dias, aconteceu em Madri, na Espanha, a 25ª Conferência das Partes (COP25), conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que estava presente no evento, afirmou, por meio do Twitter, que houve uma falta de acordo na conferência.
Salles questionou sobre a regulamentação do mercado global de créditos de carbono, que foi adiada para o próximo ano diante da falta de um acordo.
“COP 25 não deu em nada. Países ricos não querem abrir seus mercados de créditos de carbono. Exigem medidas e apontam o dedo para o resto do mundo, sem cerimônia, mas na hora de colocar a mão no bolso, eles não querem. Protecionismo e hipocrisia andaram de mãos dadas, o tempo todo”, escreveu na rede social.
A conferência foi debatida em torno da criação de regras para o comércio de créditos de carbono. A expectativa era chegar a uma regulamentação para que países que emitem menos carbono (como o Brasil), pudessem vender esse “excedente” (os chamados “créditos de carbono”) para outros países.
A relação do Brasil com a COP25 não estava bem desde que o país desistiu, no fim do ano passado, de sediar o evento. Segundo nota do Ministério de Relações Exteriores, a decisão foi tomada levando em conta restrições orçamentárias e o atual processo de transição presidencial. Embora o presidente em exercício no momento fosse Michel Temer, o Ministério afirmou na ocasião que a decisão foi tomada pelo governo de transição do presidente Jair Bolsonaro.
A partir daí, a gestão do atual presidente, Jair Bolsonaro, tem recebido críticas por ambientalistas e entidades internacionais devido ao aumento das queimadas no Brasil e, também, pelas declarações e medidas dadas pelo presidente, no qual os ativistas consideram prejudiciais ao meio ambiente.