Rombo nas contas externas recua e é o menor em 14 anos, diz BC
Segundo, o banco, melhora está relacionada ao bom desempenho da balança comercial

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De acordo com dados do Banco Central (BC), o rombo das contas externas do Brasil recuou de janeiro a agosto deste ano e foi o menor registrado, para este período nos últimos 14 anos, ao mesmo tempo em que os investimentos estrangeiros diretos na economia do país avançaram 15%, mas que ainda não retornaram ao patamar pré-pandemia. Os números foram divulgados na sexta-feira (24).
Segundo a instituição, o déficit registrado nas contas externas nos oito primeiros meses deste ano foi de R$ 6,539 bilhões, com queda de 49,5% na comparação com o mesmo período do ano passado (US$ 12,957 bilhões).
Ainda segundo o BC, a melhora no rombo das contas externas na parcial de 2021 está relacionada com o bom desempenho da balança comercial, com o déficit menor da conta de serviços, relacionado com a queda nos gastos com viagens de brasileiros ao exterior, e também com a redução nas remessas de lucros e dividendos por empresas para fora do país.
Em um cenário de recessão por causa do novo coronavírus, o déficit das contas externas recuou 75% em 2020 e foi para US$ 12,517 bilhões.
O BC também informou que os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira somaram US$ 36,245 bilhões nos oito primeiros meses deste ano, com alta de 15% na comparação com o mesmo período do ano passado (US$ 31,550 bilhões).
No entanto, ainda de acordo com números oficiais, o ingresso de investimentos estrangeiros, de janeiro a agosto deste ano, ainda não ficou acima do registrado em igual período de 2019, antes da eclosão da pandemia do coronavírus, quando a entrada no Brasil era de US$ 43,881 bilhões.


