Rossi faz três, Bahia vira Alemanha, faz Campinense de Brasil e avança na Copa do Brasil

Atacante é o grande nome da noite do Tricolor, que goleia de forma impiedosa o rival

[Rossi faz três, Bahia vira Alemanha, faz Campinense de Brasil e avança na Copa do Brasil]

FOTO: Felipe Oliveira/EC Bahia

Em grande noite de Rossi, o Bahia passou por cima do Campinense, em goleada que lembrou os 7 a 1 da Alemanha sobre o Brasil na Copa de 2014. O Tricolor goleou de virada, pelo mesmo placar, em confronto disputado na noite desta terça-feira (9), no estádio Amigão, em Campina Grande, válido pela primeira fase da Copa do Brasil. Com resultado, Esquadrão se classifica para a segunda fase da competição, e agora aguarda o vencedor de Jaraguá-GO e Manaus.

Uma primeira etapa onde só um time jogou, e esse time foi o Bahia. O Tricolor já começou pressionando logo cedo o Campinense no campo de defesa, soube explorar bem os espaços concedidos pelo rival, especialmente pelas laterais, e mais importante que isso, foi eficiente nas chances que teve de marcar o gol, apesar de ter desperdiçado uma que poderia praticamente decretar a classificação. O Campinense não fazia uma má partida, mas pouco criava no jogo, tanto que o gol saiu em um erro do Bahia, e também cometia uma sequência de erros defensivos. O time de Campina Grande até tentou, mas não conseguiu equilibrar as ações no jogo.

O Tricolor teve a primeira grande chance do jogo aos três minutos. Rossi fez o cruzamento da lateral do campo para grande área e a bola achou a cabeça de Gilberto, que testou firme para o gol, mas parou no goleiro Rubens, que jogou a bola para escanteio.

A resposta do Campinense no jogo foi mais severa. Aos 17 minutos, Ruan Carlos chutou de bico dentro da área, a bola desviou na zaga do Bahia e sobrou para Cadu, que desviou para o gol de Douglas, abrindo o placar.

O gol fez o Bahia reagir rapidamente logo aos 18 minutos. Em jogada pela lateral, o cruzamento para área encontrou a cabeça de Gabriel Novaes, que livre de marcação, bateu em cima do goleiro, que defendeu no susto jogando para escanteio.

O Tricolor teve nova boa oportunidade aos 19 minutos. Rodriguinho cobrou escanteio para área, o goleiro saiu mal, Juninho testou para o gol e a bola ia entrando, mas em cima da linha, Kemerson salvou o time paraíbano.

De tanto insistir após sair atrás do placar, o Bahia finalmente foi coroado com gol de empate no jogo aos 23 minutos. Rossi recebeu lindo passe de Daniel dentro da área, dominou no peito e emendou uma linda bicileta, encobrindo o goleiro Rubens Júnior, um golaço.

Rossi não estava contente com apenas um gol marcado no jogo e foi em busca do segundo aos 26 minutos. Em jogada individual de Gabriel Novaes dentro da área, o atacante se livrou da zaga do Campinense e chutou cruzado, a bola sobrou limpa para Rossi só empurrar para o gol vazio e virar o marcador.

Sedento por já encaminhar a classificação na primeira etapa, o Bahia teve a chance de ouro de marcar o terceiro ainda no primeiro tempo. Após jogada em velocidade, o cruzamento para área do Campinense buscou Gilberto, que livre iria finalizar para o gol, mas foi tocado por trás, e o árbitro apontou a penalidade máxima.

O atacante foi para a cobrança do pênalti, mas bateu muito mal, no meio do gol, e o goleiro Rubens defendeu com os pés, evitando o terceiro do Tricolor no jogo.

Atrás do placar, o Campinense teve uma ótima chance de empatar o jogo antes da descida para o intervalo aos 40 minutos. Após recuo de Daniel para Douglas, o goleiro defendeu com as mãos, o que não é permitido, com isso, o árbitro marcou tiro livre indireto. Allefe foi para a cobrança e mandou uma bomba no meio do gol, mas Douglas atento espalmou como deu a bola.

Como o ditado de quem não faz leva sempre se mostra eficiente, o Bahia tratou de fazer vale a sina.

Aos 44 minutos, após contra ataque em velocidade, a jogada sobrou nos pés de Gilberto, que finalizou cruzado para o gol, mas o zagueiro Kemerson tentou cortar e mandou contra o próprio gol, encaminhando a classificação do Tricolor no jogo antes da ida para o intervalo.

No retorno para a etapa final era esperado que o Campinense fosse mais para cima e que o Bahia diminuísse um pouco o ritmo, mas não foi o que aconteceu.

Aos três minutos de jogo, Gilberto recebeu lançamento em velocidade, partiu sozinho, tirou do goleiro e passou para Rossi, que só teve o trabalho de empurrar para o gol aberto e anotar o hat-trick.

O Tricolor definitivamente não queria dar uma colher de chá para o Campinense. Tanto que aos 11 minutos teve outra boa chance de anotar o quinto. Gabriel Novaes recebeu belo passe de Rossi, cortou o zagueiro, mas finalizou em cima da defesa. Porém, a jogada parecia um presságio do que estava por vir.

Aos 13 minutos, Rossi, o nome da noite, recebeu passe pela linha de fundo e cruzou para dentro da área, encontrando Juninho Capixaba livre de marcação, que de bate pronto encobriu o goleiro Rubens, e marcou o quinto do Tricolor no jogo.

Era um jogo que parecia um treino. O Bahia não sofria em campo, controlava a partida sem fazer força e passou a preservar os principais jogadores antes dos 20 minutos, exemplos de Rossi e Rodriguinho.

Já abatido, o Campinense foi em busca de pelo menos mais um gol no jogo, já que a classificação estava perdida.

Aos 22 minutos, após chegada ao ataque, Cadu ajeitou para Jackinha, que chegou batendo da entrada da área, e viu a bola raspar a trave de Douglas, e ir pela linha de fundo.

O time de Campina Grande voltou a chegar aos 28 minutos. Daniel arriscou uma bomba de fora da área e obrigou Douglas a espalmar a bola para escanteio.

A nova boa chance para os donos da casa aconteceu aos 33 minutos. Rafinha recebeu bom lançamento dentro da área, cortou fácil Juninho e chutou cruzado, vendo a bola passar raspando a trave de Douglas e ir para fora.

Descontente pelo árbitro não ter dado o gol na primeira etapa e também tendo desperdiçado o pênalti, Gilberto teve nova chance de finalmente marcar o seu.

Aos 36 minutos, após nova subida em velocidade, Juninho Capixaba avançou pela lateral, entrou na área e tocou para o meio da área, Gilberto fechou no segundo pau e empurrou para o fundo das redes de Rubens.

Nos minutos finais, o Bahia apenas trocava passes enquanto esperava o tempo passar, mas ainda deu tempo de anotar o sétimo no jogo. Aos 43, a bola ficou nos pés de Juninho Capixaba na entrada da área, o lateral, levou para perna direita e arriscou um lindo chute, marcando um golaço em Campina Grande. O último do massacre antes do apito final.

Análise do Bahia na partida

Já na segunda partida no ano, o time principal faz a melhor apresentação na temporada. O Tricolor simplesmente sobrou no jogo do início ao fim. Sofreu um gol por acaso, porque os 90 minutos foram um passeio de um time organizado, veloz e letal ofensivamente diante de um adversário que sofreu defensivamente para evitar, sem sucesso, que a goleada fosse maior. Superior fisicamente e tecnicamente, o Bahia construiu o resultado com uma facilidade impressionante. O 7 a 1 lembrou muito a tragédia que incomoda brasileiros naquele fatídico dia do Mineirão, e não é atoa. Parecia um treino contra um equipe semiprofissional.

Nem é preciso dizer que a noite é de Rossi. O atacante brilhou em campo, não só pelo hat-trick, mas por sempre se mostrar uma boa opção para receber passes, voltar para marcar, além de oferecer chances para os companheiros, tendo sido coroado com uma assistência. Partida que traduz o apelido do camisa 7, um verdadeiro 'búfalo' dentro de campo.

Após uma apresentação sofrível contra o rival do Campinense, Botafogo-PB, pela Copa do Nordeste, o Tricolor compensou esta noite, mas precisa conter a euforia. O time ainda carece de reforços e a goleada não pode servir de cortina de fumaça. Hoje é para comemorar, amanhã se planejar.


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