Rui Costa critica Bolsonaro por promover aglomeração no Rio de Janeiro

O petista criticou ainda a postura da Anvisa pela demora em liberar a vacina Sputnik V, produzida pela Rússia

Por Da Redação
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Rui Costa critica Bolsonaro por promover aglomeração no Rio de Janeiro

Foto: Reprodução/G1

Em entrevista a uma rádio local, nesta segunda-feira (24), o governador da Bahia, Rui Costa (PT), criticou o passeio de motocicleta do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e  a aglomeração causada pela movimentação, que, entre outras bandeiras, pediu a intervenção militar e cassação de ministros do Supremo Tribunal Federal. O ato aconteceu neste domingo (23), no Rio de Janeiro

"Ele (Bolsonaro) reaglutina a seita dos seus seguidores sempre que está acuado. Ele aprofunda e radicaliza esse comportamento. Nada disso é impensável. Tudo é planejado. Enquanto isso, o Brasil vive uma tragédia social. A fome voltou no Brasil. Vários lugares no Brasil pedindo comida. Nunca vi tanto desprezo pela vida humana em uma pessoa.  Felizmente, esse é um pesadelo com data para acabar", disse.

Sobre os efeitos da CPI da Covid na imagem do governo Bolsonaro, Rui Costa afirmou que a comissão "tem ajudado as pessoas a reconhecerem os erros do presidente". "Ele opera na manutenção dos casos, na permanência da violência e em causar o medo na população. Quem age neste mesmo formato é a milícia no Rio de Janeiro. E é isso que temos que combater", pontuou. 

Rui Costa criticou ainda a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) pela demora em liberar a vacina Sputnik V, produzida pela Rússia. 

"A Anvisa fica exigindo formatos e não o conteúdo do material. Pede um modelo de Excel e não o que contém aquele relatório. Mas para atender os burocratas enviamos os últimos documentos pedidos e estamos aguardando a chegada de 2 milhões de doses da Sputnik V, o que pode ampliar nossa capacidade de vacinação dos baianos para 8 milhões de pessoas", afirmou. 

Rui Costa afirmou que ficou difícil determinar onde termina a segunda e começa a terceira onda da Covid-19 na Bahia.

"Temos um crescimento da doença na Bahia desde março, onde tivemos mais de 3 mil óbitos. Foi o pior mês da pandemia na Bahia desde o começo. Aqui ainda temos outra realidade terrível é que as pessoas estão abandonando a máscara, como fizeram nos Estados Unidos, achando que o vírus foi embora. Lá, nos Estados Unidos, eles tiraram o presidente irresponsável. Aqui ainda não. Aqui o presidente é aliado do vírus. Não comprou vacina na época adequada. Ele acredita na tese que, quanto mais pessoas foram contaminadas, mais rapidamente o vírus vai embora", informou.

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