Salário mínimo do Brasil é só o 15º na América Latina

Somente cinco países ficam abaixo do Brasil nesse quesito

Por Da Redação
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Salário mínimo do Brasil é só o 15º na América Latina

Foto: José Cruz/Agência Brasil

As consequências da pandemia de Covid-19, como o aumento do desemprego, a escalada da inflação e a desvalorização de moedas foram algumas das causas da crise que fizeram com que o poder de compra do salário mínimo despencasse nos últimos dois anos.

No Brasil, apesar do salário mínimo em 2022 ter sido ajustado para R$ 1.212 - com base na semana média reconhecida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), de 220 horas, o valor da hora de trabalho é de R$ 5,51 - o salário mínimo do país ocupa a 15ª posição, entre 20 países da América Latina, segundo levantamento feito pelo Metrópoles. 

Na cotação atual, o salário mínimo brasileiro equivale a cerca de US$ 224, com a hora de trabalho a US$ 1,01. Somente cinco países ficam abaixo do Brasil nesse quesito:

  • República Dominicana – piso salarial de US$ 205;
  • Nicarágua – US$ 125;
  • Cuba – US$ 79;
  • Haiti – US$ 74;
  • Venezuela – US$ 1,52.

A Venezuela é o caso mais crítico dos países analisado. Desde que o piso salarial foi anunciado em maio de 2021, o poder de compra no país caiu 30%. Atualmente, a hora trabalhada vale apenas US$ 0,006. De acordo com o Centro de Documentação e Análise Social da Federação de Professores da Venezuela, o preço da cesta básica no país é de US$ 340. Ou seja, a população local precisaria de 156 salários mínimos para comprar uma cesta básica.

Costa Rica lidera balanço com melhor piso salarial

Na outra ponta do ranking, no topo, está a Costa Rica com o maior piso salarial da América Latina. O governo do país estipula valores diferentes para cada tipo de trabalhador, porém mesmo o valor mais baixo estipulado, para trabalhadores em ocupação não qualificada, é de US$ 514. O valor da hora trabalhada é de US$ 2,33.

O preço da cesta básica costa-riquenha, segundo o Instituto Nacional de Estadística y Censos, é de US$ 51,2. A título de comparação, a cesta básica brasileira é mais que o dobro do valor, vendida a US$ 126,7.

Em segundo lugar no ranking está o Uruguai, com um salário mínimo de US$ 434, e hora trabalhada a US$ 1,97. Em terceiro e quarto, respectivamente, estão Equador, com US$ 425, e Chile, com US$ 420.

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