O rendimento médio real dos trabalhos recebidos mensalmente pelos brasileiros com mais de 14 anos apresentou uma queda de quase 10% para os profissionais das regiões Sul (-9,47%) e Sudeste (-9,96%) no primeiro trimestre deste ano, quando comparado com o mesmo período de 2021.

De acordo com os dados revelados pela Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em um ano, os salários no Sudeste caíram de R$ 3.193 para R$ 2.875. Já a oferta aos profissionais da região Sul recuou de R$ 3.147 para R$ 2.849.

Os salários dos trabalhadores nas regiões Nordeste (-7,5%, de R$ 1.860 para R$ 1.720), Centro-Oeste (-4,8%, de R$ 3.039 para R$ 2.894) e Norte (-4,15%, de R$ 2.071 para R$ 1.985) diminuíram em menor escala durante os trimestres. O IBGE destaca que em todo o Brasil, a renda média de R$ 2.548 é 8,6% menor do que a verificada há um ano, de R$ 2.789.

Quando analisado o quarto trimestre do ano passado, o rendimento médio mensal recebido pelos trabalhadores brasileiros é 1,5% maior. Na comparação, apenas as regiões Norte (+3,3%) e Sudeste (+1,7%) apresentaram expansão significativa no rendimento médio.

“Entre as unidades da federação, embora tenha havido uma tendência de leve aumento [dos salários] em boa parte delas, o único estado que realmente teve aumento estatisticamente significativo foi São Paulo”, diz Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.