São João: especialistas alertam para riscos de receitas caseiras contra queimaduras

Casos tendem a crescer no período junino

[São João: especialistas alertam para riscos de receitas caseiras contra queimaduras]

FOTO: Pixabay

As festas juninas são bastante apreciadas pelos nordestinos, marcadas pelo forró, comidas típicas e tradições. No entanto, esse período requer precauções, especialmente no que diz respeito a queimaduras, que podem ocorrer durante a queima de fogos de artifício e em fogueiras. Nos últimos 10 anos, o mês de junho já chegou a concentrar 68,38% de todos os atendimentos por explosão com bomba no Hospital Geral do Estado (HGE), referência nos cuidados com ferimentos provocados por explosões e queimaduras.

A menor percentagem do mês no levantamento histórico é de 40,84%, em 2020, primeiro ano da pandemia e quando não houve festejos juninos públicos em toda a Bahia. Foram, em todo o ano, 71 casos de explosão com bomba atendidos no HGE, com 29 deles no mês de junho.

A dermatologista e professora do curso de Medicina da Universidade Salvador (UNIFACS), Naila Nunes, alerta para os perigos do uso dessas receitas e as possíveis sequelas. Ela ressalta a importância de identificar corretamente o grau da queimadura para evitar complicações como infecções, retardo na cicatrização, alergias ou irritações na pele.

A médica destaca que os riscos associados a uma queimadura aumentam à medida que o grau se torna mais grave. Queimaduras de primeiro grau geralmente não deixam sequelas visíveis, enquanto as de segundo grau formam bolhas, podendo resultar em cicatrizes maiores e até infecções. Já as lesões de terceiro grau são as mais graves e podem exigir intervenção cirúrgica.

Em casos de queimaduras, a professora do curso de Enfermagem da UNIFACS, Maria José Barros, orienta desconectar a vítima da fonte da queimadura e evitar o uso de substâncias que possam piorar o problema. Os primeiros socorros incluem lavar a área queimada com água corrente por aproximadamente dez minutos, utilizando jatos suaves. Se houver poeira ou insetos no local, é necessário cobrir o ferimento com um pano limpo e úmido para protegê-lo.

É importante não mexer no ferimento. Após os primeiros socorros, a vítima deve ser encaminhada a uma unidade de saúde para receber o diagnóstico e tratamento adequado. Não se deve furar bolhas que se formarem e nem tentar descolar tecidos grudados na pele queimada.

Maria José Barros ressalta que cada grau de queimadura requer um tratamento específico e que todas as queimaduras devem ser avaliadas em uma unidade de saúde para que o paciente receba o tratamento adequado para o seu caso.

As queimaduras podem ser classificadas em três graus: primeiro grau, afetando apenas a camada superficial da pele, com vermelhidão e dor leve ou moderada; segundo grau, causando danos mais profundos na pele, com formação de bolhas e dor intensa; terceiro grau, sendo o tipo mais grave, afetando a derme profunda, onde há terminações nervosas e possibilidade de formação de crostas e cicatrizes.


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