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“Se o Brasil tem déficit com os EUA, não deveria ser alvo das medidas adotadas”, diz secretária de Comércio Exterior

Tatiana Prazeres questiona sobretaxa de 50% imposta por Donald Trump, apesar do saldo negativo de US$ 28 bilhões na balança comercial em 2024

Por Da Redação
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Atualizado
“Se o Brasil tem déficit com os EUA, não deveria ser alvo das medidas adotadas”, diz secretária de Comércio Exterior

Foto: Assessoria de Comunicação/MDIC

O Brasil encerrou 2024 com um déficit superior a US$ 28 bilhões na balança comercial com os Estados Unidos, considerando produtos e serviços, segundo dados norte-americanos divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento. A maior parte desse saldo negativo está no setor de serviços, que inclui viagens, transporte, telecomunicações e propriedade intelectual.

Em audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados, a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, afirmou "O Brasil não é um problema comercial para os Estados Unidos. A relação comercial é ganha-ganha, interessa aos dois países, há complementariedade econômica. Isso gera emprego e investimentos para os dois lados, de modo que é importante valorizar a relação comercial."

Ela ressaltou que a alíquota média de importação aplicada pelo Brasil a produtos norte-americanos é de 2,73%, com diversos itens isentos, como petróleo e derivados. A secretária também questionou as medidas anunciadas pelo presidente Donald Trump no fim de julho, que elevaram de 40% para 50% a tarifa sobre parte dos produtos brasileiros.

"Se o Brasil tem um déficit com os Estados Unidos, não deveria ser alvo das medidas adotadas, sobretudo porque esse parece ser um tema de preocupação relevante para os Estados Unidos", disse.

Segundo o vice-presidente Geraldo Alckmin, 35,9% das exportações brasileiras ao mercado norte-americano serão impactadas pela nova alíquota. O governo brasileiro busca ampliar a lista de 700 exceções já concedidas por Washington, que hoje beneficiam setores como o aeronáutico, o energético e parte do agronegócio, mas deixam máquinas e equipamentos, carnes, café, frutas, móveis, têxteis e calçados entre os produtos sobretaxados.

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