A entrega de 32.500 doses da vacina contra a covid-19 da Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca foi suspensa pela Secretaria Estadual da Saúde do Amazonas, após decisão da juíza Jaiza Fraxe, da 1º Vara Cível da Justiça Federal do estado. 

De acordo com a decisão, a distribuição só poderá ser retomada após a Prefeitura de Manaus cumprir a medida de divulgar diariamente a lista de vacinados, com a respectiva análise pelos órgãos responsáveis e seus respectivos critérios. 

Nesta segunda-feira (25), a capital amazonense começou a revelar a lista dos imunizados. Porém, essa mesma lista foi questionada pel juíza em outra decisão expedida nesta segunda para que o Governo do Amazonas informasse sobre as doses que se encontravam em seu poder. 

1.421 pessoas que foram vacinadas aparecem com o grupo prioritário a que pertencem como "outros". Segundo as recomendações do Ministério da Saúde, as doses devem atender profissionais que atuam na área e idosos.

No texto, a magistrada indagada "quem são os 'outros'? Se não são médicos, não são enfermeiros, não são técnicos, não são pessoas de limpeza, não são idosos, que grupo é esse que não aparece na lista do Ministério da Justiça mas está na listagem oficial de Manaus? Ademais, é urgente a explicação no ponto de CPFs inválidos que invadiu a rede pública de denúncias". 

Em nota, a Fundação de Vigilância em Saúde informou que as doses de Oxford/AstraZeneca deverão atender 35% de trabalhadores de saúde; 100% de idosos acima de 75 anos e 37% de idosos entre 70 e 74 anos, sendo esses pacientes com comorbidades.