Sem acordo com Bruno Reis há 70 dias, professores mantêm greve e apresentam contraproposta
Documento aprovado em assembleia será enviado ao Executivo nesta segunda (14)

Foto: Divulgação/ APLB Sindicato
Os professores da rede municipal de Salvador decidiram, em nova assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (14), manter a greve que já dura 70 dias.
Rui Oliveira, coordenador-geral da APLB Sindicato, afirmou ao Farol da Bahia que a categoria aprovou uma contraproposta para enviar ao Executivo municipal ainda hoje.
Segundo ele, a expectativa é de que a gestão analise o conteúdo e chame os trabalhadores para o diálogo.
“Vamos entregar esse documento ao prefeito Bruno Reis e, depois disso, aguardaremos a resposta. A proposta está feita, agora só depende dele sentar à mesa para negociar com a categoria”, afirmou.
•Coordenador da APLB manda recado a Bruno Reis após greve completar 60 dias: ‘O povo não é besta’
Rui também detalhou os próximos passos do movimento grevista. Um novo ato será realizado nesta terça-feira (15), às 10h, na Estação da Lapa. Na quarta-feira (16), os professores voltam a se reunir em assembleia no Ginásio dos Bancários.
Por que a contraproposta?
Na semana passada, o sindicato reuniu os profissionais para discutir uma proposta apresentada pela Prefeitura de Salvador.
O texto previa:
•Envio, em até 15 dias, de um projeto à Câmara Municipal para manter os percentuais da gratificação de aprimoramento, com teto de 25% sobre o vencimento base;
•Restabelecimento da gratificação de 30% para quem atua em unidades socioeducativas;
•Retorno da ajuda de custo de 50% para professores e coordenadores pedagógicos lotados nas ilhas;
•Cancelamento das faltas registradas durante a greve, mediante reposição das aulas.
Apesar dos avanços, a proposta não contempla o retorno da gratificação por regência de classe, que correspondia a 45% do salário base.
Segundo a categoria, esse benefício foi incorporado ao vencimento apenas para alcançar o piso nacional de R$ 4.867, sem representar ganho real.
Diante disso, os professores rejeitaram a proposta e aprovaram uma contraproposta. O conteúdo do novo documento que será enviado a Bruno Reis ainda não foi divulgado pela APLB Sindicato.
Foto: Ane Catarine/Farol da Bahia