A tecnologia 5G chegou, oficialmente, ao país no ano passado, com a promessa de conexões mais rápidas e estáveis. No entanto, um ano depois, poucas são as localidades que já contam com a quinta geração de internet, o que acaba por frustrar usuários que, inclusive, realizaram a troca dos aparelhos móveis para usufruir da novidade.

Do lado das operadoras, tudo está em ordem. O cronograma de investimentos definido pela Agência Nacional de Telecomunicações está sendo seguido à risca pelas provedoras do serviço. No entanto, os resultados ainda estão aquém das expectativas de quem contava migrar em caráter permanente para o 5G.

Conforme informações da Anatel, cerca de 54% das 13.500 antenas 5G no Brasil estão localizadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Nas capitais, a proporção é de uma antena 5G para aproximadamente 50 mil habitantes. Ainda que esse índice esteja em conformidade com as metas governamentais, é essa distribuição que contribui para a sensação de estar sem cobertura ao se deslocar entre diferentes bairros ou ao atravessar uma rua, resultando na transição para conexões 4G ou mesmo 3G.

O mesmo pode ser observado em Salvador, que já possui 193 antenas instaladas em 79 áreas. Não é incomum estar utilizando o smartphone com o 5G e notar a queda para tecnologias inferiores ao caminhar apenas por poucos metros.

Hoje, a TIM disponibiliza conexão 5G em 77 bairros de Salvador, a Claro em 15, a Vivo em 16. A Oi não participou do leilão do 5G, visto que na ocasião, em 2021, a sua operação móvel estava sendo vendida para a Claro, TIM e Vivo, processo que foi oficializado em 2022. 

Fazendo uma comparação com o 4G, o número de torres instaladas no país para a tecnologia anterior chega a 90.869. Isso significa proporção de uma antena para cada dez mil pessoas. A mesma correlação só será alcançada no 5G, de acordo com o edital, em 2025.

Para os usuários dos serviços, não resta outra alternativa se não aguardar enquanto a implantação é realizada em novas áreas da capital baiana.