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Senadores prometem boicotar as votações se Alcolumbre não agendar a sabatina de André Mendonça

Os parlamentares pedem que a arguição seja realizada na semana do chamado esforço concentrado, entre os dias 30 e 2 de dezembro

Por Da Redação
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Senadores prometem boicotar as votações se Alcolumbre não agendar a sabatina de André Mendonça

Foto: Leopoldo Silva / Agência Senado

Os senadores de diversos partidos disseram a Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente da Casa, em sessão no plenário na quarta-feira (17), que irão boicotar as votações caso o impasse em relação à indicação de André Mendonça, feita pelo presidente Jair Bolsonaro, para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) permaneça. 

Os parlamentares afirmaram que se a sabatina de Mendonça na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) não ocorrer na semana do chamado esforço concentrado, entre os dias 30 e 2 de dezembro, haverá um movimento coordenado para obstruir a pauta na Casa. Neste período, se não todos, a grande maioria dos senadores estarão em Brasília, pois uma análise de autoridades só pode ser feita de forma presencial.

Essa decisão dos senadores coloca o presidente do Senado em uma situação complicada: ou se indispõe com seu antecessor e padrinho na eleição a presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), ou enfrenta uma ameaça de paralisação do Senado na semana em que está em pauta a votação de projetos importantes para o país, como a PEC dos Precatórios, por exemplo, necessária para viabilizar o Auxílio Brasil.

Por ser presidente da CCJ, cabe a Alcolumbre, que vem se recusando a definir a data, marcar a sabatina. “Os impasses acontecem no parlamento. Há naturalmente um impasse que vamos buscar uma solução relativamente a essa indicação ao STF. O passo principal foi dado com a designação de um esforço concentrado, com dados definidos. Não vejo razão alguma de paralisarmos o funcionamento do Senado em função de algo que possa ser solucionado no esforço concentrado. Por isso, faço um apelo aos presidentes de comissão ”, disse Pacheco.

Entre os que aderiram ao boicote, estão nomes de peso, como o o líder do Podemos, Alvaro Dias (PR), a líder da bancada feminina e ex-presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS), o vice-líder do governo, Carlos Viana (PSD-MG), que é do mesmo partido e do mesmo estado que Pacheco. 

“Me junto àqueles que estão dispostos a, não sendo feita a votação [de Mendonça], começarmos a não votar, a deixar claro que o Senado não tomará decisões. Espero que não cheguemos a este ponto de obstruirmos a pauta. O posicionamento de um senador está prejudicando a imagem de todos nós ”, disse Carlos Viana.

Simone Tebet foi mais longe, e afirmou que Alcolumbre age ilegalmente. “Vou ser mais firme que qualquer colega aqui, porque há toda sorte de suspeição caindo sobre nós. Há toda sorte de suspeição sobre emendas, cargas. Vou categoricamente afirmar: é possível sim judicializar essa questão se não for pautado no dia 30. O presidente da CCJ está cometendo abuso de poder e isso é crime ”, afirmou.

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