Sete em cada dez PCDs estão fora do mercado de trabalho no Brasil, aponta IBGE
Mesmo sem exigência de experiência vagas não são ocupadas

Foto: Reprodução/Ser PCD
Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que sete em cada dez pessoas com deficiência estão fora do mercado de trabalho. Mesmo com oportunidades que não exigem experiência, na maioria das vezes as ofertas são recusadas.
Segundo a Fundação Social do Trabalho de Campo Grande, na capital do Mato Grosso do Sul, são oferecidas diariamente 150 vagas de emprego para PCDs, no entanto, apenas 40 são preenchidas mensalmente.
"É que as pessoas que são PCD geralmente recebem uma aposentadoria, recebem algum benefício. E elas têm medo de perder esse benefício", afirma Hilda Mendes, gerente da Funsat, agência de empregos do Mato Grosso do Sul.
As pessoas com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e conseguem ser inseridas no mercado de trabalho, tem o benefício suspenso. O pagamento só é reestabelecido quando a pessoa deixa de trabalhar. O montante é equivalente a um salário mínimo.
Inclusão
A lei de cotas para PCDs, em vigor há mais de três décadas, determina que empresas a partir de 100 funcionários reserve de 2% a 5% das vagas de emprego para esse público. O valor da multa para quem descumpre a regra pode chegar a quase R$ 300 mil.