Setembro Roxo: Campanha de conscientização ao Alzheimer ainda é pouco conhecida no Brasil!
O mês reforça a importância de conhecer os sinais do Alzheimer, apoiar pacientes e familiares e promover o bem-estar na jornada da doença

Foto: Divulgação
Embora o Setembro Amarelo seja amplamente divulgado como o mês de prevenção ao suicídio, ainda são poucas as pessoas que conhecem o Setembro Roxo, dedicado à conscientização sobre a doença de Alzheimer. A data é marcada mundialmente no dia 21 de setembro, tanto pelo Dia Mundial da Doença de Alzheimer quanto pelo Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer, em uma campanha internacional promovida pela Alzheimer’s Disease International (ADI).
O psicólogo Alexander Bez, especialista em saúde mental, alerta que a condição precisa de maior visibilidade. “O Alzheimer é uma das doenças neurodegenerativas mais comuns e cruéis, porque atinge não apenas o paciente, mas também toda a família. Gradualmente, memória, linguagem e raciocínio são desintegrados, impedindo a realização de tarefas simples do cotidiano”, explica.
Segundo o especialista, a progressão da doença compromete cada vez mais as funções cognitivas. “O avanço do Alzheimer transforma atividades rotineiras em verdadeiros desafios, pois o paciente passa a apresentar confusão, agitação, alterações de humor e até episódios de agressividade. Em estágios avançados, muitos já não reconhecem a si mesmos, seus familiares ou o próprio ambiente onde vivem”, afirma Bez.
Além do impacto direto na vida do portador, a doença também exige da família e cuidadores um grande preparo emocional. “Ter consciência da gravidade do Alzheimer é fundamental para que a paciência e a compreensão façam parte do cuidado diário, ajudando a proporcionar o máximo de conforto possível ao paciente durante essa difícil jornada”, destaca o psicólogo.
O diagnóstico precoce é essencial para retardar a evolução da doença e proporcionar melhor qualidade de vida. Para isso, diversos exames podem ser solicitados, como avaliação psicológica, psiquiátrica e neurológica, exames de sangue, tomografia computadorizada, ressonância magnética, PET scan, testes cognitivos e de urina.
De acordo com Alexander Bez, o Alzheimer é desencadeado principalmente por alterações em duas proteínas do cérebro, a proteína tau e a proteína precursora de amiloide. “Essas proteínas formam aglomerações que destroem os neurônios, levando ao declínio irreversível das funções cognitivas”, explica.
O Setembro Roxo é, portanto, um convite à informação e à empatia. Quanto maior a conscientização sobre o Alzheimer, maiores são as chances de reduzir o estigma, ampliar o diagnóstico precoce e garantir qualidade de vida tanto para quem enfrenta a doença quanto para seus familiares. “Falar sobre o Alzheimer é um passo essencial para quebrar o silêncio que ainda cerca a demência e reforçar a importância do cuidado, da paciência e da humanidade diante dessa realidade”, conclui Alexander Bez.