Devido aos transtornos causados pela pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, um grupo formado pelas 20 maiores associações de hotelaria e lazer se juntaram para enviar ao Ministério do Turismo um ofício solicitando que o prazo para reembolso de diárias ou serviços cancelados em função da quarentena seja prorrogado até que a situação sanitária melhore. A medida espera um prazo extra de seis meses a um ano para pagar os consumidores.  

O governo federal já editou uma medida provisória de outubro para prorrogar até regras especiais de reembolso de voos cancelados devido à pandemia. Agora, o setor de hotelaria e lazer pede o mesmo tipo de benefício. Os empresários argumentam que a situação de 2021 segue igual ao ano passado, com cidades em lockdown, praias fechadas e crise econômica, ainda que o decreto de calamidade pública tenha expirado na virada do ano. 

Argumentos 

O presidente do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), Orlando de Souza, disse que as viagens a lazer melhoraram nos últimos meses, mas já existe uma nova leva de cancelamentos de reservas por causa do avanço da pandemia. Já o argumento usado pelo presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio, é de que o setor é intensivo em mão-de-obra e corre o risco de demissões em massa. Isso porque deixou de valer uma regra especial para redução de jornada e salários, e as empresas devem fazer novamente o desembolso integral, mas ainda não recuperaram a receita.  

Resposta

Outro fator que dificulta o setor é a demora para o início da vacinação contra a Covid-19. Em resposta aos empresários, o Ministério do Turismo solicitou nesta sexta-feira (8), mais informações sobre o impacto econômico. A partir daí, a pasta irá analisar o assunto com os demais ministérios para decidir se adotará as medidas de apoio.