Setor varejista cresce 0,8% após seis meses de números negativos, diz IBGE

Número encontra-se 0,8% abaixo do patamar registrado em fevereiro de 2020

Por Da Redação
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Setor varejista cresce 0,8% após seis meses de números negativos, diz IBGE

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o segmento do comércio varejista voltou a registrar crescimento no último mês de janeiro, após uma sequência de seis meses de estagnação. Segundo a pesquisa, o setor verificou um avanço de 0,8%. Entretanto, O número encontra-se 0,8% abaixo do patamar registrado em fevereiro de 2020.

Flávio Petry, analista de Competitividade do Sebrae, afirma que as atividades que puxaram os resultados positivamente foram os setores de equipamentos e material para escritório informática e comunicação (0,3%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (3,8%), e de outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,4%).

As atividades que apresentaram desempenho negativo foram as de hiper e supermercados, que apresentaram recuo de 0,1%, além dos setores de Tecidos, vestuário e calçados (-3,9%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,0%); Móveis e eletrodomésticos (-0,6%); Combustíveis e lubrificantes (-0,4%).

O Analista justificou as perspectivas para o segmento no curto e médio prazo em alguns aspectos. Um deles é a sinalização dada pelo IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, principal indicador de inflação medido pelo próprio IBGE. “Percebe-se que a inflação de determinadas categorias acaba pressionando diretamente no seu desempenho”, comenta Petry.

Outra métrica que auxilia na compreensão do contexto em que o comércio está inserido é o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV IBRE). No último levantamento do Instituto, houve uma elevação de 2,1 pontos em fevereiro, ao passar de 84,9 para 87,0 pontos, primeira alta depois de três meses de quedas consecutivas. Em médias móveis trimestrais o indicador cedeu 0,3 ponto, a sexta queda consecutiva.

“Este é o caso dos possíveis impactos que o aumento do custo dos combustíveis pode acarretar no preço final dos produtos, consequentemente pressionando a inflação e influenciando nos resultados de vendas”, pontua .

Considerando que o principal modal logístico utilizado para a distribuição de bens no país é o terrestre, que depende quase que exclusivamente dos combustíveis derivados do petróleo, Flávio Petry disse que a a expectativa é que diversos segmentos venham a ser impactados.

“Para estar mais bem preparado, o comerciante pode considerar a elaboração de estratégias que passam desde a revisão da estrutura de custo, à avaliação e possível recomposição do seu mix de produtos, avaliação dos canais de vendas e dos serviços agregados”, conclui.

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