Setores afirmaram que nova Lei do Gás ajudará na redução de custos e do preço
Projeto aguarda sansão de Bolsonaro para entrar em vigor

Foto: Reprodução/Agência Petrobras
Defensores do projeto da nova Lei do Gás, que aguarda sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), aprovado na semana passada na Câmara dos Deputados, argumentam que a proposta vai aumentar a participação de empresas privadas no mercado de gás natural no Brasil, reduzindo os custos de produção e o preço final às empresas consumidoras do insumo.
"Conseguimos consenso entre mais de 70 setores industriais dos mais diversos segmentos, representados pelo movimento “Gás para sair da crise”, incluindo os agentes da própria cadeia produtiva do gás, como produtores reunidos no Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), os transportadores, da Associação de Empresas de Transporte de Gás Natural por Gasoduto (ATGás) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI)”, disse o presidente da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace), Paulo Pedrosa.
Na avaliação da Abrace, a expectativa envolve o potencial de gerar R$ 60 bilhões de investimentos por ano. “Todos precisamos de uma mudança no rumo do mercado, que vai abrir grandes oportunidades para explorarmos o gás do pré-sal e abrir caminhos para novos competidores com o GNL, o gás em terra. E todo tipo de insumo que poderá abrir um caminho de reindustrialização para o país”, reforçou Pedrosa.
A CNI acredita que a mudança no mercado de gás natural é “uma das grandes apostas do setor produtivo para apoiar a retomada do crescimento econômico, com geração de emprego e renda”. De acordo com a instituição, há possibilidade de a indústria brasileira se tornar uma grande consumidora de gás natural e “triplicar a demanda em uma década”, em um cenário de queda dos preços do produto pela metade.
Atualmente, o preço do gás natural é calculado a partir de referências do petróleo de Brent (internacional) e reajustado conforme os padrões internacionais. O transporte e a distribuição variam ainda conforme o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M).