STF finaliza acareação de Cid com Braga Netto

O intuito foi esclarecer as versões contraditórias nos depoimentos no âmbito da investigação sobre uma suposta trama de golpe de Estado

Por Da Redação
Ás

STF finaliza acareação de Cid com Braga Netto

Foto: Ton Molina/STF | Alan Santos/Palácio do Planalto

O Supremo Tribunal Federal (STF) finalizou a acareação entre o ex-ministro Walter Braga Netto e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, nesta terça-feira (24). 

A audiência teve duração de uma hora e meia, o intuito foi elucidar as versões contraditórias nos depoimentos no âmbito da ação que investiga uma suposta trama de golpe de Estado. O procedimento está sendo feito de portas fechadas na sala de audiência do STF. 

O relator caso, ministro Alexandre de Moraes, autorizou, na última segunda-feira (23), a presença de advogados de outros réus na sessão que foi conduzida por Moraes de forma presencial. O ministro Luiz Fux também esteve presente. 

De acordo com Moraes, seja nas acareações ou nos interrogatórios, o réu possui o direito de não se autoincriminar, isto é, não é obrigado a dizer a verdade. Já a testemunha tem o dever legal de contar a verdade.

Mauro Cid x Braga Netto

Os advogados de Braga Netto afiram que existe divergências em dois pontos essenciais entre os depoimentos do ex-ministro e de Mauro Cid. O primeiro é sobre à reunião feita em novembro de 2022 na casa de Braga Netto. Segundo Cid, o encontro aconteceu para debater o plano denominado "Punhal Verde e Amarelo".

O delator disse também que, durante a reunião, os participantes expuseram a descontentamento com os resultados das eleições e com a maneira que as Forças Armadas estavam lidando com a situação. De acordo com ele, o ex-ministro teria pedido que Cid saísse do encontro, pois naquele momento seriam debatidas “medidas operacionais” das quais, por ser próximo do ex-presidente, ele não poderia estar presente — versão que Braga Netto nega.

A segunda divergência é sobre uma suposta entrega de dinheiro realizada por Braga Netto a Mauro Cid, que teria dado a quantia ao major De Oliveira, apelidado de “kid preto”, para custear o golpe. 

Cid disse que o ex-ministro o entregou a quantia no Palácio da Alvorada. A defesa de Braga Netto, contudo, nega essa versão.

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