Supostas candidaturas laranjas gastam R$ 169 mil em campanha e obtêm 10 votos

Dados do Metrópoles mostram que maioria dos casos é ligado a mulheres

[Supostas candidaturas laranjas gastam R$ 169 mil em campanha e obtêm 10 votos]

FOTO: Agência Brasil

Um levantamento do portal Metrópoles, divulgado nesta segunda-feira (17), mostra que candidatas “sem voto” contrataram empresas e advogados ligados a partidos políticos durante o primeiro turno das eleições. Essas postulantes a cargos de deputada estadual ou federal receberam verbas das legendas, investiram em publicidade, serviços e equipamentos, mas, mesmo assim, conseguiram poucos votos. A situação reforça indícios de candidaturas laranjas.

De acordo com os dados, a maioria dos casos é ligado a mulheres ou pessoas que se autodeclararam negros. Candidata a deputada estadual do Tocantins pelo PSD, Maylla do Alto Lindo, de 25 anos, gastou R$ 169 mil durante as eleições deste ano, mas obteve apenas 10 votos. Segundo o levantamento, cada voto custou, em média, R$ 16,9 mil. 

Maylla Pereira dos Santos, nome completo da candidata, recebeu R$ 101,5 mil do Fundão. Ainda não está claro, contudo, qual a origem dos outros R$ 69 mil gastos no decorrer da campanha, uma vez que ela declarou não ter bens. Entre as despesas contratadas, R$ 46,4 mil foram destinados a Wanderson José Lopes Ferreira, por serviços contábeis.

A reforma eleitoral aprovada pelo Congresso no ano passado adotou novas regras em uma tentativa de incentivar que mulheres e negros ocupem mais cargos no Legislativo. Os partidos foram obrigados a preencher com pessoas do sexo feminino, no mínimo, 30% de suas candidaturas a todos os postos em disputa. Os dados apontam, no entanto, evidências de concorrência de fachada.


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