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TCM-BA: Suspeita de fraude no auxílio emergencial envolve 70.296 servidores municipais na Bahia

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TCM-BA: Suspeita de fraude no auxílio emergencial envolve 70.296 servidores municipais na Bahia

Os servidores podem ser processados e punidos por improbidade administrativa

Por Da Redação
TCM-BA: Suspeita de fraude no auxílio emergencial envolve 70.296 servidores municipais na Bahia
Foto: Reprodução

Na Bahia, pelo menos 70.296 servidores municipais – ativos, inativos – podem ter recebido indevidamente cotas do auxílio emergencial. O número foi levantado a partir da relação de pagamento das três primeiras parcelas do benefício, que foram liberadas pelo Governo Federal. Com isso, foi realizado o cruzamento de dados de beneficiados no estado com a relação dos servidores municipais do banco de dados do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-Ba), que inclui servidores concursados, ocupantes de cargos em comissão e agentes políticos (secretários municipais e vereadores).

Até o momento, os indícios de fraude com o auxílio emergencial podem envolver recursos que chegam a R$117.171.600,00, pagos indevidamente aos suspeitos. O resultado da pesquisa foi divulgado na última terça-feira (28) pelo presidente do TCM-Ba, conselheiro Plínio Carneiro Filho e pelo superintendente regional da Controladoria-Geral da União (CGU), Ronaldo Machado de Oliveira.

A auditoria foi feita por técnicos do TCM-Ba e da CGU e, segundo eles, estes números poderão crescer ainda mais, já que ficaram de fora do cruzamento de dados os servidores de 99 órgãos e entidades municipais, de um total de 1.009 – trabalho que está em fase de conclusão.

O número de suspeitos de fraude no auxílio emergencial na Bahia foi o segundo maior entre todos os estados do país, só perdendo para o Maranhão.

De acordo com o presidente do TCM-Ba, conselheiro Plínio Carneiro Filho, a Corte de Contas continuará o trabalho para a identificação de possíveis beneficiários do auxílio emergencial entre os servidores dos 99 órgãos municipais que ficaram de fora neste primeiro cruzamento.

Do total de casos suspeitos de recebimento irregular de uma ou mais parcelas do auxílio, 18.203 servidores municipais estavam inscritos no Cadastro Único do governo, e receberam R$30.374,400,00. Outros 20.274 estavam relacionados entre os beneficiados do Bolsa Família, e receberam um total de R$47.377,200,00.

Os demais 31.819 servidores municipais, cujo pagamento alcançou o montante de R$39.420.000,00, receberam o auxílio por terem solicitado o benefício pelo site ou pelo aplicativo da Caixa, ou por terem sido vítimas de fraude com a utilização indevida do CPF por terceiros.

Nos casos de fraude com a utilização do CPF, o servidor que espontaneamente solicitou pelo site ou aplicativo fez uma declaração falsa ao se inscrever, e pode ser processado e punido por improbidade administrativa ou penalmente, pelo crime de falsidade ideológica e estelionato. Além disso, pode ter cometido uma infração disciplinar e, como servidor público, é passível de punição, até mesmo com a demissão a bem do serviço público.
 

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