TCU aponta falhas do governo na gestão de unidades de conservação de áreas naturais
Relatório com conclusões do órgão será analisado nesta quarta-feira (9)

Foto: Divulgação/Idesam
Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou falhas do governo federal na gestão de Unidades de Conservação (UCs), áreas naturais que devem ser protegidas pelo poder público. De acordo com as informações divulgadas nesta segunda-feira (7) pela coluna de Guilherme Amado no Metrópole, o relatório, que será julgado pelo plenário do tribunal na quarta-feira (9), recomendou cobrar respostas do Ministério do Meio Ambiente em até seis meses.
Os técnicos da corte concluíram que o governo não tem uma estratégia para o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), tampouco monitora as verbas de entidades não governamentais para as UCs. Finalizado em abril do ano passado, o documento fez uma apuração de todas as 334 UCs federais, de julho de 2018 (último semestre do governo Michel Temer) a abril de 2020, já sob Jair Bolsonaro.
Além disso, os auditores federais receberam respostas discrepantes dos dois órgãos a uma mesma pergunta, sobre quantas UCs recebem recursos de entidades não governamentais. Para o ministério, eram 105. Já o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão subordinado a pasta, declarou que eram 127. Os gestores das 334 UCs, por seu turno, afirmaram que na verdade 192 UCs auferiam esse dinheiro.