"Terceira Guerra Mundial", diz Biden sobre eventual confronto entre Rússia e Otan
Mandatário norte-americano novamente descarta entrar em guerra contra Vladimir Putin

Foto: Lisa Ferdinando/Fotos Públicas
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nessa sexta-feira (11) mais sanções econômicas à Rússia. “Vamos tomar medidas para negar o status de "nação mais favorecida", que significa que dois países concordam em fazer negócios entre eles nos melhores termos possíveis, com menos barreiras e com mais comércio, maior volume de importações. Quando a Rússia perder esse tipo de status, ficará mais difícil fazer negócio com os Estados Unidos e também com outros países que representam a metade da economia global”, afirmou Biden.
O mandatário norte-americano também disse que os EUA não entrarão em guerra com a Rússia. "Isso significaria um confronto entre a Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] e a Rússia, que seria a Terceira Guerra Mundial”, disse Biden.
Segundo o presidente norte-americano, os países do G7 vão aumentar as sanções à Rússia. O G7 é o grupo dos países mais industrializados do mundo, composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
Uma das medidas que poderão ser adotadas pelos Estados Unidos é o banimento das importações de diamantes, vodca e pescados. “E vamos impedir também que a Rússia lidere instituições multilaterais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e outras. Putin é o agressor e precisa ser responsabilizado”, disse.
Biden disse ainda que a bolsa de valores russa está fechada há duas semanas, pois os russos sabem que, quando abrir, ela vai colapsar. Afirmou também que o rublo [moeda oficial russa] já perdeu metade do valor.
A Rússia baseou grande parte de seu argumento para justificar a invasão da Ucrânia em suas preocupações com a possibilidade do país ingressar na Otan, desejo de parte da população e de setores políticos após a independência da União Soviética em 1991.


