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Termo de responsabilidade isentava OceanGate mesmo em caso de acidentes com submarino

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Termo de responsabilidade isentava OceanGate mesmo em caso de acidentes com submarino

Submersível Titan não tinha certificado das agências reguladoras

Por Da Redação
Termo de responsabilidade isentava OceanGate mesmo em caso de acidentes com submarino
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Os passageiros que morreram após o submarino em que estavam ter implodido assinaram um termo de responsabilidade com a OceanGate, empresa responsável pelo transporte, que previa o risco de morte ou ferimentos graves. Os clientes embarcaram na última segunda-feira (19) em um submersível Titan para fazer uma expedição aos destroços do Titanic, a 3,8 km de profundidade no Atlântico Norte. Após quase três dias desaparecido, a Guarda Costeira dos Estados Unidos anunciou o acidente na quinta (22). 

O site "TMZ" teve acesso ao documento assinado pelos cinco passageiros. O contrato menciona "repetidamente" o risco de ferimentos graves ou morte, com a afirmação de que os passageiros deveriam assumir o risco da expedição sem a possibilidade de qualquer recurso contra a empresa responsável pela viagem, ainda que houvesse negligência ou problemas na operação do submarino.

"Assumo total responsabilidade pelo risco de lesões corporais, invalidez, morte e danos materiais devido à negligência da [OceanGate] durante o envolvimento na operação", diz trecho do documento. “

Em outra parte do documento, é destacado que a operação é realizada por meio de uma "embarcação submersível experimental". "A embarcação submersível experimental não foi aprovada ou certificada por nenhum órgão regulador e pode ser construída com materiais que não foram amplamente utilizados em submersíveis ocupados por humanos", ressalta o texto, em referência à mistura de titânio e fibra de carbono aplicada no Titan e considerada incomum para veículos do tipo

O termo de responsabilidade ressalta que, nas profundezas do oceano, a embarcação "estará sujeita a extrema pressão” e que qualquer falha a esta altura "pode causar ferimentos graves ou morte".

Ao assinarem o documento, os passageiros consentiram em se expor a "riscos associados a gases de alta pressão, manutenção de oxigênio puro, sistemas elétricos de alta tensão e outros perigos que podem levar a danos materiais, lesões, invalidez e morte".

Ao fim do documento, os passageiros da OceanGate renunciavam à possibilidade de responsabilizar a empresa por quaisquer danos.

O acidente

Os familiares dos passageiros mortos após a implosão do submarino que havia desaparecido na segunda-feira (19) devem solicitar mudanças na legislação dos Estados Unidos para que não aconteçam casos parecidos no futuro.

Segundo a CNN, o submersível Titan não tinha certificado das agências reguladoras. A OceanGate alegava que a documentação não existia por ser uma tecnologia totalmente nova, sem parâmetros de autorização.

A Guarda Costeira dos Estados Unidos confirmou, nesta quinta-feira (22), a morte das cinco pessoas que estavam na embarcação após um robô ter encontrado destroços que indicam que aconteceu uma perda catastrófica da pressão da cabine do submersível.

“Em nome da guarda costeira dos EUA dou os pêsames para as famílias. Só consigo imaginar como isso tem sido para eles e espero que essa descoberta traga algum conforto nesse momento tão difícil”, disse o contra-almirante John Mauger, comandante do Primeiro Distrito da Guarda Costeira, em entrevista à imprensa.

As equipes de busca encontraram “cinco grandes pedaços diferentes de destroços” identificados como parte do submersível Titan. De acordo com o comandante do Primeiro Distrito da Guarda Costeira, a primeira parte encontrada pertencia ao casco de fora da cabine de pressão.

Logo após, no entanto, foi encontrado outro detrito identificado como parte do casco de pressão do submarino. “Essa foi a primeira indicação de que houve um evento catastrófico”, disse Mauger. As equipes encontraram, então, um segundo campo de detritos menor dentro do primeiro, onde outra extremidade do casco de pressão estava localizada.

Pelos destroços, pode-se concluir que houve uma implosão do submarino e que as cinco pessoas a bordo morreram.

Durante as buscas pelo submarino, foram captados ruídos dois dias seguidos, e a operação foi reordenada em função desses sons. Após a descoberta dos destroços, no entanto, a Guarda Costeira dos Estados Unidos afirmou que os barulhos não tinham relação com o submersível. 

"Parece que não há nenhuma conexão entre os ruídos e a localização, no leito do mar, onde os destroços foram encontrados", disse o almirante John Mauger, da Guarda Costeira.

A Guarda Costeira informou que a implosão deve ter gerado um som forte que não foi captado pelos navios e sonares que participavam da operação de resgate, o que sugere que a implosão ocorreu antes do começo da operação.

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