“Todas composições feitas nos Novos Baianos foram à base do LSD”, conta Moraes Moreira
Moraes está em turnê com o novo show ‘Elogio à Inveja’

Foto: Divulgação
O cantor compositor Moraes Moreira em entrevista ao jornal O Globo, contou um pouco sobre o novo show ‘Elogio à Inveja’, no qual interpreta apenas canções que gostaria de ter composto, como "Quem Há de Dizer", de Lupicínio Rodrigues.
Moreira, de 72 anos, relembrou o processo de composição de clássicos dos Novos Baianos, que não fazem parte do repertório deste novo espetáculo. ‘Preta pretinha' e todo o 'Acabou Chorare'... Porra, bicho, estou meio cansado disso", desabafou. E acrescentou: "Fiz até um programa explicando o que é o show para não aparecer um cara lá no meio gritando 'toca Preta Pretinha!'".
A respeito das músicas autorais, Moraes lembrou a importância das drogas, especialmente o LSD, no processo de criação nos anos 70. "Ah, muito LSD. Quando casei com Marília (com quem teve os filhos Davi e Ciça), que foi morar comigo no sítio, ela tinha ganho 200 LSDs de um americano. Ele tinha ouvido que o Brasil era um mercado maravilhoso, que era só chegar no Arpoador. Mas ele foi denunciado e escolheu a Marília para dar os ácidos. Aí, pronto, era todo dia", disse.
Ao ser questionado sobre quais canções teria composto à base do ácido lisérgico, o artista respondeu: "'Mistério do Planeta'... Acho que todas, praticamente. Se não foi de ácido foi de fumo. Mas, eu me preocupava em tocar. Foi ali que me aprimorei junto com o Pepeu", pontuou.