O empresário Eike Batista, que fechou delegação premiada com a Operação Lava Jato, ganha do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), o direito de vasculhar a íntegra das mensagens trocadas no Telegram por autoridades da Lava Jato, acessadas e vazadas por hackers e apreendidas pela Polícia Federal na Operação Spoofing, essas informações são da coluna de Guilherme Amado do site Metrópoles. 

Ex-deputado petista que presidiu a Câmara dos Deputados e os defensores de Eike, liderado pelo advogado João Paulo Cunha, citaram a delação que o ex-bilionário fechou com a Procuradoria-Geral da República (PGR) em setembro de 2020, homologada pela então ministra do STF Rosa Weber.

O argumento foi o interesse em acessar o material porque “o mesmo modus operandi ilegal detectado em investigações da Lava Jato de Curitiba era sistematicamente replicado em suas ramificações em Brasília/DF e no Rio de Janeiro/RJ”. O empresário foi alvo do braço fluminense da Lava Jato. 

Em sua decisão, assinada nessa segunda-feira (15/4), Toffoli concedeu a Eike extensão das decisões que já garantia acesso ao material a políticos e órgãos públicos, exceto, os documentos sigilosos. O pedido tramita em segredo de Justiça no Supremo. A entrega do conteúdo à defesa do empresário caberá a 10° Vara Federal Criminal do Distrito Federal.