Lançado em 2018 o Toyota Yaris tende a substituir o Etios no Brasil assim como tem ocorrido em outros países do mundo. Usando sua plataforma e seus motores, o carro deverá evoluir no próximo ano seguindo o visual já oferecido na Ásia (o Yaris brasileiro é diferente do Europeu, por sinal) mas manterá a plataforma. Enquanto isso não ocorre, o Farol da Bahia avaliou a versão mais cara do Yaris sedã, a XLS Connect, vendida por R$ 85,9 mil.

Bem equipado

Se por um lado o visual simplificado e aerodinâmico com a dianteira inspirada no Corolla não muda, por outro o carro vem bem equipado nesta versão. Na XLS o carro vem de série com roda de liga leve 15″ com acabamento na cor prata, acabamento interno das portas em tecido, abertura elétrica do porta-malas, abertura interna do tanque de combustível, acelerador eletrônico, ajuste de altura do banco do motorista, coluna de direção com regulagem de altura, direção eletro-assistida progressiva (EPS), espelho retrovisor Interno com antiofuscamento eletrocrômico, faróis com acendimento automático, ajuste de altura elétrico e função siga-me, vidros elétricos dianteiros e traseiros com função Auto Up-Down (Com Anti-Esmagamento), chave presencial (Smart Entry), ar-condicionado automático digital, start/stop, luz Diurna de condução (DRL), Maçanetas Externas Cromadas, Maçanetas Internas Cromadas, Teto Solar Elétrico com Função Anti-Esmagamento, Faróis Halógenos Projetores com Máscara Negra e Linha Guia em LED, Lanterna Traseira em LED, Limpadores de Para-Brisa com Sensor de Chuva, Air air lateral (Dois): motorista e passageiro dianteiro, Air Bag de cortina (Dois Sistemas com Duas Bolsas Cada), air bag de joelho para o motorista.

Motor é o velho conhecido 1.5

Nas versões mais caras o Yaris tem o já conhecido motor 1.5 Flexfuel, Dual VVT-i DOHC de 105/110 cavalos de potência, respectivamente com gasolina e etanol, sempre a 5.600rpm. O torque máximo é de 14,3/14,9 kgfm, a 4.000 rpm e a transmissão é automática Multidrive CVT, que simula sete velocidades.

Tecnologia com seus limites

Vale lembrar que só no modelo 2020 ele passou a contar com espelhamento de celular Android Auto e Apple CarPlay e mesmo com a atualização ela poderia ter uma interface mais moderna, escura, e sem botões físicos, além de mais uma entrada USB melhorando sua conectividade. Parte dos comandos que poderiam estar na multimídia como consumo, modos de condução e check list do carro estão no cluster que é bem completo.

Outro item que poderia ser melhor é o acabamento especialmente o das portas que apesar do revestimento em couro é oco na parte superior. O mesmo vale para os bancos que tem bom apoio lombar mas nas laterais trazem um carpete parcial para ocultar o trilho, o que é uma solução paliativa presente desde o lançamento do carro. Ponto positivo para o teto solar, algo que seus concorrentes não trazem bem como o conjunto completo de air bags.

O Yaris tem a seu favor a confiabilidade da marca Toyota, o motor “que nunca quebra” e um bom pós-venda. Sem mudanças a motorização 1.5 de até 110cv é mais que suficiente para dar um bom desempenho ao sedã-compacto e tem a boa fama dos motores Toyota.  

O tamanho do Yaris é alinhado com o que os concorrentes oferecem: 4,43m de comprimento e 1,73m de largura. Com 2,55m de entre-eixos o espaço para os ocupantes se torna suficiente e agradável para os cinco lugares. Sem túnel central o banco traseiro acomoda os passageiros com conforto melhor que os concorrentes.

Preço mais alto

Na faixa de R$ 85,9 mil o Yaris está acima dos seus concorrentes aspirados e até dos turbinados ele só é mais barato que o Volkswagen Virtus. Diante do rival Honda City o preço é o mesmo mas o Toyota vence por ter mais airbags e controles de tração e estabilidade. É o caso do Renault Logan Iconic (R$ 79.990), Fiat Cronos Precision (R$ 75.490) e  e Ford Ka SE Plus AT (R$ 77.890). Ainda que custe quase o mesmo que os três-volumes turbo  Chevrolet Onix Plus Premier (R$ 84.720) e Hyundai HB20S Diamond Plus (R$ 81.290), a Toyota poderia ajudar no preço para que ele venda mais diante da concorrência.