Trabalho presencial desagrada 2 em cada 5 trabalhadores, aponta pesquisa
Pessoas na faixa dos 35 e 44 anos se recusam a trabalhar na modalidade

Foto: Reprodução/Pixabay
Dados de uma pesquisa exclusiva encomendada pelo Grupo QuintoAndar revelam que o fim do home-office ou trabalho híbrido faria 43% dos trabalhadores se demitirem e buscarem novas oportunidades de emprego. A possibilidade de ser obrigado a trabalhar em regime presencial desagrada 2 em cada 5 trabalhadores totalmente remotos ou híbridos, porém de um perfil específico: aqueles na faixa dos 35 a 44 anos. Já entre os mais jovens, na faixa dos 18 a 24 anos, o percentual que tomaria essa decisão é de 39%.
O levantamento foi realizado via questionário com 1.914 homens e mulheres com 18 anos ou mais, de todas as classes sociais, nas 27 capitais do Brasil. De acordo com os dados, 60% dos entrevistados trabalham pelo menos um dia fora do escritório.
Perfil
Em 2022, aproximadamente 9,5 milhões de pessoas no Brasil trabalharam remotamente, conforme revelado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Durante esse período, a maioria dos trabalhadores afastados do escritório eram mulheres, residentes na região sudeste e de etnia branca, sendo mais comum entre aqueles com ensino superior completo. Atualmente, cerca de 20,5 milhões de pessoas estão envolvidas em ocupações com potencial para serem realizadas remotamente, segundo um estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em fevereiro deste ano.