Transmissão da Covid-19 no Brasil tem ligeira queda, segundo Imperial College
Taxa de transmissão foi de 1,02 para 0,99

Foto: Agência Brasil
Um levantamento realizado pelo Imperial College de Londres atualizado nesta terça-feira (8), aponta que a taxa de transmissão (Rt) da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, no Brasil teve uma ligeira queda para 0,99. Anteriormente, de acordo com o relatório divulgado há duas semanas, a taxa estava em 1,02. Segundo os especialistas, o índice acima de 1 indica que a doença avança sem controle no país. A taxa de transmissão atual significa que cada 100 pessoas contaminadas transmitem a doença para outras 99.
Dentro da margem de erro calculada pela universidade britânica, o Rt brasileiro pode variar de 0,79 a 1,03. Desde a última semana de abril, o Rt brasileiro estava um pouco abaixo dessa marca, mas voltou a ultrapassá-la no levantamento anterior. Além das taxas, o Imperial College também projeta que o Brasil deve registrar 11.900 mortes pela Covid-19 nesta semana, um pequeno aumento em relação à anterior, quando foram contabilizadas 11.797 mortes pela doença.
A taxa de transmissão é uma das principais referências para se acompanhar a evolução epidêmica do Sars-CoV-2 no país. No entanto, especialistas costumam ponderar que é preciso acompanhá-la por um período prolongado de tempo para avaliar cenários e tendências, levando em conta o atraso nas notificações e o período de incubação do coronavírus, que chega a 14 dias.
Mundo
Em relação aos outros países, o levantamento registrou, até a última segunda-feira (7), 172 milhões de casos de Covid-19 e mais de 3,7 milhões de mortes. Segundo o consórcio de imprensa, o Brasil registrou 1.119 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas e chega a 474.614 vidas perdidas.
As maiores taxas de transmissão da Covid-19 da semana estimadas pela universidade britânica foram no Afeganistão (Rt 1,69), na Mongólia (Rt 1,42) e no Reino Unido (Rt 1,30). Na América do Sul, as maiores taxas estimadas foram no Chile (Rt 1,14), Bolívia (Rt 1,07) e Uruguai (Rt 1,06). Já os menores índices foram identificados na Suécia (Rt 0,25), Polônia (Rt 0,41) e Espanha (Rt 0,48).