Um em cada seis profissionais de saúde apresenta sinais da síndrome de burnout, diz pesquisa
Doença é ligada a sintomas de esgotamento no trabalho

Foto: Agência Brasil
De acordo com um levantamento realizado pelo Instituto D´Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), ao menos um em cada seis profissionais de saúde apresentam sinais de burnout, que em tradução livre significa esgotamento. Segundo a pesquisa, o burnout é definido como um distúrbio psíquico de estresse físico e mental crônico relacionado a condições de trabalho desgastantes. A pesquisa foi conduzida antes da pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, entre abril de 2017 e julho de 2018.
Entre os sintomas da chamada Síndrome de Burnout estão exaustão, sentimento de ineficácia e falta de realização pessoal e profissional. O estudo foi feito com 715 profissionais de saúde de 36 hospitais públicos e privados do Brasil. Entre os participantes, 125 indicaram exaustão emocional, 120 despersonalização e 107 falta de realização profissional. Durante a realização da pesquisa, um mesmo profissional poderia marcar mais de uma opção no questionário. Dessa forma, o estudo conclui que, pelo menos, 125 deles sofriam com o esgotamento no trabalho.
Ainda segundo o levantamento, 134 profissionais apresentam sintomas de ansiedade e 80, de depressão, que podem ou não estar associados ao burnout. A pesquisa alertou ainda para as diferenças entre burnout, depressão e ansiedade. Durante o desenvolvimento do levantamento, os pesquisadores, com base nas respostas dos profissionais, identificaram a formação de três diferentes grupos, um para cada problema de saúde mental, concluindo que o burnout e os sintomas clínicos de depressão e ansiedade são empiricamente distintos.
De acordo com definição do Ministério da Saúde, transtornos de ansiedade são doenças relacionadas ao funcionamento do corpo e às experiências de vida, podendo causar sensações extremamente desconfortáveis. Estão entre os sintomas medos e preocupações exageradas, sensações contínuas de que um desastre ou algo ruim vai acontecer, falta de controle sobre os pensamentos, entre outros. Já a depressão, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é um transtorno mental caracterizado por tristeza persistente e pela perda de interesse em atividades que normalmente são prazerosas, acompanhadas da incapacidade de realizar atividades diárias, durante pelo menos duas semanas.


