Universitário publica manifesto pedindo quarentena remunerada para domésticas

Filho de empregada doméstica se sensibilizou ao ver a morte da colega de profissão da mãe

[Universitário publica manifesto pedindo quarentena remunerada para domésticas]

FOTO: Reprodução/G1

O universitário de 22 anos, Marcelo Rocha, estava a trabalho no Rio quando soube da primeira morte com sintomas de coronavírus no estado: uma diarista, de 63 anos. Ligou para a mãe, empregada doméstica, e ouviu que ela continuaria trabalhando. "Preciso fazer alguma coisa", concluiu. Ele escreveu nas redes sociais um manifesto pelo o que chamou de "quarentena remunerada" a empregados e empregadas domésticas.

Ou seja, o direito de continuar recebendo, mesmo sem trabalhar. Centenas de mensagens de outros filhos de empregadas foram enviadas nas redes sociais. Todos preocupados com o risco de contaminação em meio à pandemia. Estudante de Ciências Sociais na FMU, em São Paulo, Marcelo garante que a profissão da mãe foi o que lhe proporcionou o estudo e uma visão crítica do mercado de trabalho.

O cientista social considera que o Brasil ainda mantém uma cultura escravocrata e que, durante a crise do coronavírus, põe ainda mais em risco os pobres. "É um processo colonial que ainda hoje vai trazer muitos riscos às pessoas de comunidade e de baixa renda. A maioria mora nas comunidades e os riscos são muito altos porque há maior contato com as pessoas. A maioria não mora em grandes casas e eles podem contaminar seus filhos". disse.


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