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Uso de cigarros eletrônicos cresce entre jovens e já atinge mais de 100 milhões de pessoas no mundo, alerta OMS

Organização afirma que indústria está “alimentando uma nova onda de dependência da nicotina” entre adolescentes

Por Da Redação
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Uso de cigarros eletrônicos cresce entre jovens e já atinge mais de 100 milhões de pessoas no mundo, alerta OMS

Foto: Divulgação Ministério da Saúde

Um relatório divulgado nesta segunda-feira (6) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que mais de 100 milhões de pessoas ao redor do mundo utilizam cigarros eletrônicos. Desse total, cerca de 15 milhões são adolescentes entre 13 e 15 anos, grupo que segundo o levantamento, é nove vezes mais propenso ao uso do vape do que os adultos.

O documento, baseado em 2.034 pesquisas nacionais que cobrem 97% da população global, aponta que ao menos 86 milhões de adultos utilizam o dispositivo, concentrados principalmente em países de alta renda. A OMS alerta que os jovens são os mais vulneráveis aos efeitos da nicotina. “Os cigarros eletrônicos estão alimentando uma nova onda de dependência da nicotina. Eles são comercializados como uma forma de redução de danos, mas, na realidade, estão viciando os jovens na nicotina mais cedo e correm o risco de comprometer décadas de progresso”, afirmou Etienne Krug, diretor do Departamento de Determinantes, Promoção e Prevenção da Saúde da entidade.

O documento baseado em 2034 pesquisas nacionais que cobrem 97% da população global, aponta que ao menos 86 milhões de adultos utilizam o dispositivo, concentrados principalmente em países de alta renda. A OMS alerta que os jovens são os mais vulneráveis aos efeitos da nicotina.

Apesar da popularização dos vapes, a OMS destaca que o número global de fumantes de tabaco tradicional vem diminuindo. O relatório indica que as mulheres têm liderado essa redução e alcançaram a meta global de queda cinco anos antes do previsto, atingindo a marca de 30% já em 2020. A prevalência entre elas passou de 11% em 2010 para 6,6% em 2024, com o número de fumantes caindo de 277 milhões para 206 milhões.

Entre os homens, no entanto, a redução avança mais lentamente. Eles ainda representam mais de 80% dos usuários de tabaco no mundo, e a previsão é que a meta de redução não seja alcançada antes de 2031.

No total, o número de usuários de tabaco caiu de 1,38 bilhão em 2000 para 1,2 bilhão em 2024, uma queda de 120 milhões desde 2010. Mesmo assim, o tabaco ainda é responsável por milhões de mortes evitáveis todos os anos. A Europa continua sendo a região com maior prevalência, com 24,1% dos adultos consumindo tabaco, enquanto a África registra a menor taxa, de 9,5%.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou o papel dos governos na contenção do avanço de novos produtos de nicotina. “Milhões de pessoas estão parando ou não começando a fumar graças aos esforços de controle do tabaco realizados por países em todo o mundo. Em resposta a esse forte progresso, a indústria do tabaco está reagindo com novos produtos de nicotina, visando agressivamente os jovens. Os governos devem agir de forma mais rápida e forte na implementação de políticas comprovadas de controle do tabaco”, afirmou.

Estudos recentes também alertam para os riscos à saúde causados pelo vape. Pesquisadores da University College London (UCL) e da Universidade de Innsbruck, na Áustria, identificaram que o uso contínuo pode provocar danos no DNA e aumentar o risco de câncer. Outro estudo, apresentado na reunião anual da Sociedade Radiológica da América do Norte, apontou que o vapor dos cigarros eletrônicos reduz a oxigenação do corpo e afeta a saúde vascular, mesmo na ausência de nicotina.

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