Vacinação em massa deve aquecer atividade imobiliária no Brasil, diz especialista
Renato Monteiro, especialista em investimento imobiliário, afirma que quanto maior o número de pessoas imunizadas mais rápida será a retomada

Foto: Ângelo Borba
Com a expectativa de aceleração da vacinação contra a Covid-19, associada à projeção otimista para o PIB em 2022, especialistas têm projetado alta para os mais diversos setores. Mesmo o mercado imobiliário, que registrou alta 9,8% nas vendas em 2020 de acordo com Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), deverá continuar em alta nos próximos anos, segundo especialista em investimentos imobiliários e CEO da Sort Investimentos Renato Monteiro.
“A verdade é que o mercado de imóveis era um gigante que estava adormecido e que acordou com a pandemia por conta da volatidade de outros investimentos conservadores e a segurança que esse mercado imobiliário traz ao investidor. Para os próximos anos, vemos como o mercado está otimista tanto por conta da projeção de alta do PIB (em cerca de 2,3% para 2022) como pela expectativa de aceleração da vacinação”, avalia.
De acordo com Monteiro, outras experiências internacionais podem servir de parâmetro para essas análises e a relação entre o aumento das vendas de imóveis e a imunização em massa.
“Os Estados Unidos, por exemplo, que tem mais da metade (51%) da população adulta norte-americana imunizada, teve um crescimento de 15% na venda de imóveis neste primeiro trimestre de 2021, segundo pesquisas. E os especialistas por lá, os quais também atuamos em parceria, confirmam essa relação direta com a vacinação porque a venda de imóveis muitas vezes depende da visitação e circulação de clientes em espaços físicos”, avalia o CEO da Sort Investimentos, que teve passagem pelo mercado imobiliário norte-americano e conta com suporte internacional de grandes escritórios dos Estados Unidos como Howard Morrel Team, especialistas em imóveis de alto luxo de Manhattan, e da Elite International, que atua no mercado da Flórida.
NOVO CONTEXTO ECONÔMICO NO ÚLTIMO TRIMESTRE
Monteiro ainda acredita que a vacinação em massa também irá contribuir para um a criação de um novo contexto econômico no quarto trimestre de 2021. “É importante os esforços governamentais para imunizar a população. Se houve vários fatores que levaram o mercado imobiliário a crescer em 2020 - como queda das taxas de juros (atrelada à Selic mais baixa da história) e até mesmo o maior tempo em casa (que potencializou a pesquisa por casas maiores e mais confortáveis) - o menor nível de restrições poderá contribuir para o avanço ou até mesmo a manutenção da alta de vendas do mercado imobiliário brasileiro. Algo que, certamente, iremos observar especialmente no último trimestre de 2021”, ressalta.